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Após indulto, QG da reeleição teme desgastes à campanha com ‘libera geral’ de Bolsonaro

Fontes temem que o presidente estenda benefício a outros aliados, por avaliarem que isso afastaria o eleitor de centro
Amanda Omura

Amanda Omura

O QG da reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) predominantemente formado por lideranças do Centrão, não foi consultado sobre o indulto do presidente ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), mas atuou no “pós”: pediu ao presidente que não “libere geral” com medidas que possam, por exemplo, ampliar o embate com o Supremo Tribunal Federal, como anistiar de crimes aliados chamados de ideológicos como o blogueiro Allan dos Santos, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Zé Trovão, um dos líderes dos caminhoneiros – todos alvos de investigação na corte.

Um dos principais estrategistas da campanha de Bolsonaro explicou a preocupação do QG da reeleição: o presidente, apesar de não ter consultado seus aliados políticos a respeito do indulto a Silveira, “ganhou o jogo com o Supremo, ao conceder o indulto”, mas pedem cautela. Avaliam que Bolsonaro não pode “ficar arrogante” e achar que “pode tudo e liberar geral” em medidas como estender um benefício de anistia a aliados investigados, pois isso poderia ter impactos para a campanha com desgastes junto ao voto do eleitor de centro.

Por isso, argumenta esse aliado de Bolsonaro, o presidente precisa parar no indulto a Silveira e evitar ficar confortável o suficiente para seguir escalando em produções de crises com outros Poderes em prol de seus aliados, amigos e familiares – o que pode ser entendido pelo eleitor como “privilégio” e benefício aos “protegidos” do presidente da República, além de afastar o eleitor do centro que quer moderação e rechaça o estilo bélico do presidente na relação com outros poderes, gerando instabilidade democrática.

Bolsonaro está mais à vontade nas últimas semanas porque 1) tem comemorado as pesquisas que mostram que a distância para o ex-presidente Lula diminuiu 2) acha que a nota do ministro Barroso, do STF, ajudou a reforçar a divisão no STF, que não querem embates com as Forças Armadas, além de unir militares da reserva e da ativa.

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