O Governo Federal estuda revogar nos próximos dias uma série de medidas que marcaram os últimos dois anos, como a obrigatoriedade do uso de máscaras em alguns estabelecimentos, as regras sanitárias para a entrada de estrangeiros e a restrição na exportação de insumos médicos e hospitalares.
Por ora, Brasil vive uma situação relativamente estável em relação à pandemia. As médias móveis de casos e mortes estão em queda desde o início de fevereiro e, até agora, as aglomerações registradas no carnaval e a liberação do uso de máscaras em muitos Estados não resultaram numa reversão dessa tendência, com uma piora significativa dos índices.
A palavra final é da OMS
A Organização Mundial da Saúde, lançou na quarta-feira (30/3) um planejamento estratégico para o mundo conseguir alcançar o fim da fase aguda da pandemia ainda em 2022.
No documento, a instituição leva em conta três possibilidades para os meses que virão:
Cenário otimista: as próximas variantes do coronavírus serão significativamente menos severas e a proteção contra quadros mais graves de covid será mantido sem a necessidade de doses de reforço ou a atualização das vacinas já disponíveis.
Cenário pessimista: uma variante mais virulenta e com alta capacidade de transmissão aparecerá e conseguirá derrubar a efetividade das vacinas. A proteção contra quadros graves e mortes por covid despencará, especialmente nos grupos mais vulneráveis, o que demandará atualização dos imunizantes e novas doses de reforço nos grupos de risco.
Cenário realista: o coronavírus continuará a evoluir, porém a gravidade da infecção se reduzirá significativamente e haverá imunidade suficiente na população contra quadros mais graves e mortes, o que levará a surtos cada vez menos severos. Aumentos periódicos na transmissão viral continuarão a ocorrer, o que exigirá campanhas de vacinação ao menos para os grupos mais vulneráveis.
Para garantir que o cenário realista (ou até o otimista) se concretize e a pandemia chegue ao fim, a OMS destaca duas ações estratégicas básicas:
- Reduzir a controlar a transmissão do coronavírus para proteger a população mais vulnerável e diminuir o risco de surgirem novas variantes agressivas
- Prevenir, diagnosticar e tratar a covid-19 com medidas não farmacológicas, vacinas e remédios, para diminuir o máximo possível a mortalidade e as consequências de longo prazo da doença.