Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta sexta-feira (12) mostram que o desmatamento está em queda na Amazônia. No Cerrado, porém, os índices estão em alta.
Os números são referentes a março e ao primeiro trimestre deste ano. O levantamento é feito pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que monitora em tempo real e emite alertas dos locais onde há derrubada de árvores para equipes de fiscalização.
Segundo a pesquisa, 162 km² de mata estiveram sob alerta de desmatamento na Amazônia em março deste ano. O número é 54,4% menor do que março do ano passado, quando foram registrados 356 km² de mata desmatada.
março de 2023: 356 km²
março de 2024: 162 km²
variação: queda de 54,5%
Comparando os primeiros trimestres, os alertas de desmatamento foram de 845 km² nos três primeiros meses de 2023, contra 507 km² neste ano - uma queda de 40%. Os números do primeiro trimestre deste ano são os menores desde 2017.
janeiro a março de 2023: 845 km²
janeiro a março de 2024: 507 km²
variação: queda de 40%
“Isso se dá principalmente ao aumento de fiscalização. O desmatamento estava muito alto, em um nível descontrolado. Então a presença do estado fazendo esse papel de fiscalização resultou nessa queda. Agora vai começar uma segunda fase, em que o governo precisa implementar políticas de valorização de atividades que não levem ao desmatamento. É preciso equilibrar a fiscalização com medidas menos impactantes de desmatamento”, explica Cláudio Almeida, coordenador do programa de monitoramento do Inpe.
Cerrado
O Inpe também faz o monitoramento do Cerrado, que está presente em 14 estados do país e no Distrito Federal. Neste caso, o desmatamento aumentou.
Em março deste ano o aumento foi de 23,8%.
março de 2023: 423 km²
março de 2024: 524 km²
variação: aumentou de 23,8%
Já em relação ao trimestre, a taxa de desmatamento no primeiro trimestre desde ano foi a maior para desde 2019. Em relação a 2023, o aumento foi de 4,1%.
janeiro a março de 2023: 1.417 km²
janeiro a março de 2024: 1476 km²
variação: aumento de 4,1%