A estátua do presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi retirada do Dreamland, museu de cera localizado em Gramado, na Serra do Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada ao g1, nesta quarta-feira (2), pelo gerente comercial da empresa, Elodir Côrrea.
Segundo a administração do museu, a medida se dá em razão da invasão da Rússia ao território ucraniano, na guerra que já dura uma semana.
"Por este motivo, fizemos a retirada temporária do personagem do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, do cenário dos presidentes e vamos deixá-la de fora da exposição ao menos até que a guerra entre Rússia e Ucrânia acabe", diz.
Na França, o Museu Grévin, em Paris, retirou a estátua de Putin em protesto contra a invasão da Ucrânia pelas tropas do russas. A peça foi criada em 2000 e foi transferida para um armazém. O museu considera substituir a imagem de Putin por uma estátua do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O museu de Gramado destacou que, apesar de retratar a história do mundo, o espaço busca ser um local lúdico e fantasioso.
"O Dreamland Museu de Cera de Gramado é um lugar onde a história e os fatos do mundo real encontram o lúdico e o fantasioso. Acreditamos que sua experiência ao nos visitar deve ser sempre com foco no entretenimento", afirma.
Segundo o Dreamland, o museu inaugurado em 2009 é o primeiro do tipo na América Latina. Mais de 100 peças são expostas atualmente, retratando líderes mundiais, como a rainha Elizabeth II, o papa Francisco e o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama; artistas como Michael Jackson e Amy Winehouse; atletas, como Cristiano Ronaldo e Neymar; além de personagens do cinema.
Apoio à Ucrânia
O Palácio Piratini, sede do governo do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, foi iluminado na terça-feira (1º) em azul e amarelo, cores da bandeira da Ucrânia. O gesto representa, para o governador Eduardo Leite, uma "singela homenagem à resistência do povo ucraniano".
"Acima de tudo, estão a paz e a defesa da vida humana. A autodeterminação dos povos, a democracia e a liberdade são princípios éticos, cuja violação deve ser condenada de maneira intransigente", escreveu em postagem nas suas redes sociais.
Na terça, o jogador de futebol de Passo Fundo Cristian Dal Bello conseguiu deixar a Ucrânia e chegar à Polônia. Ele e mais dois atletas brasileiros tentavam atravessar a fronteira para fugir da guerra desde o último sábado (26), quando foram impedidos por militares.