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Candidatura de Trump tumultua Partido Republicano

Sem emplacar seus principais candidatos, ex-presidente tenta neutralizar críticos e adversários internos que o desafiam
Amanda Omura

Amanda Omura

No dia das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, Donald Trump ponderou que teria todo o crédito pela vitória dos candidatos que apoiou. Mas não levaria a culpa, caso saíssem derrotados.

O pior cenário se concretizou: sem conseguir eleger discípulos ao Congresso e aos governos estaduais em importantes campos de batalha, o ex-presidente lançou a terceira candidatura à Casa Branca, numa cerimônia chocha em seu resort de Mar-a-Lago, na Flórida.
Com duas acusações de impeachment e investigações pela posse de documentos confidenciais e por incitar a invasão ao Capitólio, Trump desafia o próprio ego e tumultua ainda mais o Partido Republicano.

A razão é simples: ele acredita ser o único capaz de salvar o país em 2024. No discurso de uma hora, o ex-presidente apresentou mais do mesmo: megalomania e negacionismo eleitoral, sob a repetida promessa de fazer a América grande e gloriosa novamente.
O anúncio, porém, vem num momento crítico para os republicanos. O partido não obteve o controle do Senado e, ao que parece, terá uma estreita maioria na Câmara. Ainda que pressionado para postergar a candidatura, Trump bateu o pé.
Ele quer neutralizar rapidamente o campo crítico de seu partido, estimulado pela reeleição acachapante do governador Ron DeSantis, na Flórida. O ex-presidente teme um processo criminal e faria tudo para não enfrentar um julgamento.

Trump se diz perseguido e se faz de vítima, ao mesmo tempo em que desafia o sistema com autoelogios e propostas fantasiosas de reforma eleitoral e controle de imigrantes. Essa imagem cola em sua fiel base eleitoral, ancorada na extrema direita.
A campanha antecipada testará o poder do ex-presidente para limar os candidatos naturais que o desafiarem nessa empreitada.

DeSantis ainda não se lançou, mas emerge, desde já, como potencial adversário. O ex-vice-presidente Mike Pence, que publicou um livro de memórias com críticas ao chefe, também está no páreo, embora sem o carisma e popularidade entre os trumpistas.

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