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influencers que lucram com informação falsa sobre saúde feminina

Influenciadores de todas as partes do mundo estão se passando por médicos especialistas
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Amanda Omura

Influenciadores não qualificados clinicamente – muitos com mais de um milhão de seguidores – estão explorando a ausência de uma solução médica fácil para a SOP, passando-se por especialistas e vendendo curas falsas. Alguns se descrevem como nutricionistas ou "coaches hormonais", com qualificações que podem ser feitas online em questão de semanas. O serviço mundial da BBC rastreou os vídeos mais assistidos com a hashtag "SOP" no TikTok e Instagram, em quatro idiomas, durante o mês de setembro, e descobriu que metade deles espalhou informações falsas. Analisamos os 25 principais vídeos em inglês, suaíli, hindi e português. Muitos dos vídeos em inglês também tiveram grande audiência na Índia, Nigéria, Quênia e Brasil. A escala Até 70% das mulheres com SOP no mundo não foram diagnosticadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). E, mesmo quando diagnosticadas, as mulheres têm dificuldade para encontrar tratamentos que funcionem. "Sempre que há uma lacuna na medicina, os predadores se aproveitam", disse Gunter. As principais informações falsas ou enganosas compartilhadas por esses influenciadores incluem: "A SOP pode ser curada com suplementos alimentares"; "A SOP pode ser curada com uma dieta, como a dieta cetogênica, rica em gordura e com baixo teor de carboidratos"; "Pílulas anticoncepcionais causam SOP ou pioram os sintomas"; "Medicamentos tradicionais podem suprimir a SOP, mas não tratam sua 'causa raiz'". Não há evidências de que dietas altamente restritas em calorias tenham qualquer efeito positivo, e a dieta cetogênica pode piorar os sintomas, dizem os especialistas. As pílulas anticoncepcionais não causam SOP e, de fato, ajudam muitas mulheres, embora não funcionem para todas. Não há uma causa raiz conhecida para a SOP. Um porta-voz do TikTok disse que a empresa não permite na plataforma conteúdo enganoso, falso ou que possa causar danos significativos. Um porta-voz da Meta disse que conteúdos de usuários sobre saúde feminina são permitidos na plataforma sem "nenhuma restrição". A empresa disse que trabalhou com terceiros para desmascarar outras informações incorretas sobre saúde.

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