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Prejuízos na agropecuária causados pelas chuvas no RS ultrapassam R$ 2,5 bilhões

Os prejuízos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul no campo já ultrapassam R$ 2,5 bilhões, informou nesta sexta-feira (17) a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Segundo a entidade, R$ 2,3 bilhões são apenas na agricultura, enquanto na pecuária os danos chegam a R$ 226 milhões. Os dados são parciais, uma vez que nem todos os municípios conseguem contabilizar as perdas e inserir as informações no sistema da CNM. A entidade alerta ainda que nesta sexta-feira, o número de cidades que preencheram o sistema federal diminuiu e que está em contato com os gestores municipais para entender a razão. Apesar disso, a contabilização de prejuízos no setor privado vem aumentando na comparação com coletas anteriores. O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) revelou que 420 famílias assentadas foram afetadas pelos alagamentos, com inundações de suas casas, perda da produção, prejuízos de estruturas, ferramentas, maquinário e morte de animais. Segundo o grupo, 6 assentamentos foram atingidos, localizados na região metropolitana de Porto Alegre e na região central do estado. Veja a perda por produto a seguir. Hortaliças e frutas: 170 famílias tiveram perda total da produção, com prejuízos estimados em R$35 milhões. Pecuária leiteira: o levantamento feito pelas famílias associadas da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), estima que o valor chegue a quase R$3 milhões, considerando os prejuízos entre galpões, pastagens, animais, maquinários e leite não entregue. Arroz: os danos do cereal agroecológico, o maior da América Latina, plantados apenas em 2024, chegam a 755 hectares, o que representa cerca de 27% da produção total. Já a área de arroz em transição agroecológica prejudicada foi de 838 hectares, e a de arroz convencional foi de 765 hectares. Segundo a CNM, ao todo, 46 municípios estão em Estado de Calamidade Pública, com reconhecimento pelo governo federal e estadual. A tragédia já soma 154 mortes confirmadas e 445 desaparecidos. Destruição de lavouras de sojaA destruição das lavouras de soja no Rio Grande do Sul pode elevar não só os preços do óleo, como os das carnes de frango e de porco, dizem consultorias do setor. É que o farelo do grão é a principal base proteica da ração destes animais. O RS é o segundo maior produtor da leguminosa do Brasil e, no 1º trimestre, foi o responsável por manter em alta os níveis de exportação, após a seca enfrentada pelo Centro-Oeste.

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Arroz importado por governo será vendido ao consumidor por até R$ 4 o quilo

O arroz que o governo vai importar para segurar o preço do grão no Brasil será vendido ao consumidor por, no máximo, R$ 4 o quilo, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quarta-feira (15). A Conab é uma estatal do Ministério da Agricultura que ajuda a gerir políticas agrícolas. A compra de arroz deve ser feita de parceiros do Brasil no Mercosul, como Paraguai, Uruguai e Argentina, por meio de leilões públicos. O primeiro leilão vai adquirir 104 mil toneladas de arroz, que serão direcionadas para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia. “O arroz que vamos comprar terá uma embalagem especial do governo federal e vai constar o preço que deve ser vendido ao consumidor. O preço máximo ao consumidor será de R$ 4 o quilo”, reforça o presidente da Conab, Edegar Pretto. A ação faz parte de uma medida provisória publicada na última sexta-feira (10) que liberou a importação até 1 milhão de toneladas de arroz após as enchentes no Rio Grande do Sul terem destruído uma parte das lavouras do grão. O estado produz 70% do cereal consumido no Brasil. Ainda na sexta, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reforçou que o governo não quer concorrer com os produtores de arroz do RS e que não há risco de faltar arroz no Brasil. Ele disse que a medida é para evitar especulação de preços e recompor os estoques públicos do país.“A maior parte da safra está colhida, temos arroz no Brasil, mas também temos gente que se aproveita deste cenário de tragédia para propagar a desinformação, o pânico nas pessoas”, disse Fávaro, ao blog da Camila Bomfim. O primeiro leilão da Conab está marcado para a próxima terça-feira (21). O produto deverá ser descarregado nos portos de Santos (SP), Salvador (BA), Recife (PE) e Itaqui (MA) e empacotados em embalagem de 2kg. Abastecimento de arrozO presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, disse que o arroz que já está colhido no Rio Grande do Sul garante o abastecimento do país por, no mínimo, 10 meses.“Talvez possa faltar alguma coisa no final, quando nós já estivermos com uma nova safra em cena”, reforçou. De acordo com ele, a principal dificuldade do estado, no momento, é para conseguir transportar o arroz colhido para outros locais, tendo em vista a interrupção de estradas e rodovias. Quanto de arroz foi perdido?Ainda na quinta-feira, a diretora técnica do Irga Flávia Tomita disse que, com as chuvas, o estado perdeu, até o momento, cerca de 114 mil toneladas de arroz. Antes da tragédia, a previsão era de que o estado colhesse, no total, 7,475 milhões de toneladas do grão, segundo a (Conab).

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