Foram 207 dias tendo controle sobre o próprio destino em relação ao título do Brasileirão. Desde o dia 30 de maio, após a vitória por 3 a 2 sobre o Flamengo, o Botafogo dependia apenas de si para ser campeão nacional. Isso acabou nesta quinta-feira, com o empate contra o Fortaleza, que confirmou a liderança ao Palmeiras após todos os clubes terem 34 jogos disputados.
O clube carioca chegou a abrir 13 pontos de vantagem na liderança na virada do turno, mas viu este buraco ruir na segunda metade do campeonato. A queda de produção não é de hoje, tanto que várias mudanças no cargo foram feitas no campeonato.
Defesa
Um dos principais expoentes no histórico primeiro turno, o sistema defensivo teve uma queda drástica na segunda metade do Campeonato Brasileiro - e principalmente nos últimos jogos.
O time levou 16 gols nos últimos oito jogos, número maior do que o primeiro turno inteiro, quando foi vazado 11 vezes em 19 oportunidades. Nomes que se destacavam, como Cuesta, Lucas Perri e Marçal, caíram de rendimento. Consequentemente, o coletivo ruiu.
Queda de Tiquinho
Artilheiro e principal jogador do Botafogo na primeira metade do ano, o camisa 9 não tem sido tão perigoso na reta final da competição. O atacante marcou apenas três vezes no segundo turno - foram 13 bolas na rede na metade inicial.
Eduardo sumido
Outra parte fundamental para o ataque do Botafogo, Eduardo também pouco tem aparecido nos últimos jogos. O camisa 33 chegou a ser barrado do time titular por Lúcio Flávio no clássico contra o Vasco, em 6 de novembro.
Um dos melhores meias do Brasileirão no primeiro turno, Eduardo apresentou apenas "flashes" do bom desempenho na metade final da competição, como nas partidas contra Palmeiras e RB Bragantino.
Trocas no comando
A falta de planejamento fora de campo também influencia dentro das quatro linhas. Desde a saída de Luís Castro, o Botafogo teve mais quatro treinadores - Tiago Nunes, que estreou justamente contra o Fortaleza, é o nome da vez.