Cento e oitenta corpos foram exumados no pátio de um hospital da Faixa de Gaza, alvo de uma incursão de Israel, anunciou neste domingo (21) a Defesa Civil do território palestino, controlado pelo grupo terrorista Hamas.
Informações sobre o número de mortos e o estado dos restos mortais não puderam ser confirmadas de forma independente.
A descoberta foi feita no Centro Médico Nasser, na cidade de Khan Yunis, no sul de Gaza, onde as Forças de Defesa de Israel realizaram incursões, e de onde se retiraram no último dia 7.
“Alguns corpos estavam nus, o que indica que sofreram tortura", diz a Defesa Civil. Um fotógrafo da AFP acompanhou os trabalhos de exumação.
"Há corpos de mulheres idosas, crianças e de jovens", disse um repórter da Al Jazeera no local – o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem ameaçado fechar no país o canal de TV, com sede no Catar.
Também segundo a Al Jazeera, uma outra vala comum foi encontrada em outro hospital de Gaza, o Al Shifa, na última terça (16), depois que as forças de Israel mantiveram o local sob seu comando.
O Al Shifa era o maior hospital da Faixa de Gaza. Questionado pela Reuters, as forças israelenses não emitiram comentários sobre as valas comuns.
De acordo com a Defesa Civl de Gaza, ainda há 2.000 pessoas desaparecidas apenas em Khan Yunis e outras 1.000 na região central do território, que ainda não foram recuperados por falta de condições e equipamento para remover destroços das construções danificadas pelos bombardeios.
Com a descoberta dos 180 corpos, já são 210 cadáveres descobertos no hospital Nasser, e 34 mil mortos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, deflagrado após o ataque terrorista de 7 de outubro. Os números foram fornecidos pelo próprio Hamas.
EUA aprovam ajuda militar a Israel
A descoberta da vala comum em Khan Yunis foi feita pouco depois que a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou US$ 13 bilhões em ajuda militar para Israel.