Integrantes da União Europeia avaliaram como “histórica” a iniciativa do governo brasileiro de apresentar uma proposta de revisão da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU), pedindo a reformulação dos mecanismos do órgão, entre eles o Conselho de Segurança.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tratou do tema em reunião nesta quarta-feira (25) durante reunião ministerial do G20 em Nova York.
Por iniciativa do Brasil, os membros do G20 aprovaram um documento pedindo a reforma dos mecanismos internacionais da ONU, o “Chamado à Ação sobre a Reforma da Governança Global”.
A proposta contém compromissos de reforma e modernização das principais organizações internacionais, entre elas a ONU e a Organização Mundial de Comércio (OMC). Embaixadores do bloco europeu no Brasil destacaram o ineditismo da medida.
“Vemos essa busca por reformas por parte do Brasil como positiva. E os encontros feitos em Nova York deixaram isso muito claro. Enxergamos que ações como essa, especialmente em tempos de conflitos, podem promover o multilateralismo. E isso, definitivamente, passa por uma reforma na ONU e na arquitetura financeira global”, disse uma fonte do bloco europeu. “É uma iniciativa histórica. A primeira com a concordância do G20”, comemorou.
Diplomatas brasileiros celebraram a proposta de reforma de organismos internacionais, que foi aprovada em consenso pelos chanceleres dos países do G20. A proposta é uma das principais bandeiras do Brasil à frente da presidência do G20.
Lula rebate crítica de Zelensky
O líder ucraniano questionou, durante discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o papel do governo brasileiro nas negociações para um possível cessar-fogo entre seu país e a Rússia.
Zelensky disse duvidar do "real interesse" de Brasil e China ao pressionarem para liderar o diálogo entre Kiev e Moscou. Os dois países europeus estão em guerra desde que o governo de Vladmir Putin decidiu invadir o território vizinho, em fevereiro de 2022.
Questionado durante coletiva de imprensa ao final da viagem a Nova York (EUA), Lula avaliou que o presidente da Ucrânia falou "o óbvio" em seu discurso, que é defender a própria soberania, uma "obrigação dele".
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