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Evitar chocolate ao leite e comer o amargo pode diminuir risco de diabetes

A pesquisa não comprovou que o chocolate em si foi responsável por esse benefício à saúde mas é um indicativo
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Amanda Omura

O consumo regular de chocolate amargo está associado a um risco menor de desenvolver diabetes tipo 2, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (4) na revista científica "BMJ". A pesquisa não comprovou que o chocolate em si foi responsável por esse benefício à saúde – é possível que outros fatores tenham interferido nos resultados. Mas é um indicativo de que uma dose constante de chocolate amargo pode integrar uma dieta considerada saudável. As descobertas se baseiam em um conjunto maior de pesquisas que demonstram ligações entre o consumo de chocolate amargo e a redução dos riscos de determinadas condições de saúde, como pressão alta, doenças cardiovasculares e resistência à insulina. O que foi descoberto Já era sabido que o chocolate contém altos níveis de flavonoides, substâncias que promovem a saúde cardiometabólica e reduzem o risco de diabetes tipo 2, que ocorre quando o corpo não utiliza a insulina produzida adequadamente, resultando em um alto nível de açúcar no sangue. Segundo os pesquisadores, a maioria dos estudos anteriores, no entanto, não explorou a diferença entre os tipos de chocolate. As variações – amargo, ao leite e branco – têm níveis variados de cacau, açúcar e leite, o que pode alterar os efeitos do alimento no corpo. Agora, os pesquisadores apontam que comer alguns pedaços do amargo ao menos cinco vezes por semana e evitar o chocolate ao leite foi associado à queda no risco de diabetes tipo 2. Já o aumento do consumo de chocolate ao leite, mas não de chocolate amargo, foi associado ao ganho de peso em longo prazo. O médico Qi Sun, professor associado de nutrição e epidemiologia da Harvard T.H. Chan School of Public Health e principal pesquisador do estudo, ponderou que o alimento não deve ser considerado uma "bala de prata" na prevenção do diabetes. Como foi feita a pesquisa? Em meados da década de 1980 e no início da década de 1990, os pesquisadores começaram a estudar três grupos de profissionais de saúde, predominantemente brancos, nos Estados Unidos. A cada quatro anos, os mais de 190 mil participantes preencheram questionários detalhados sobre sua dieta, que perguntavam com que frequência eles consumiam chocolate.

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