O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, ainda não confirma a realização de todas competições de base e de futebol feminino neste ano. Ele defendeu a avaliação completa de custos e a possibilidade de mudanças no formato destes torneios.
Um deles é o Brasileiro sub-20 masculino, que tem nova previsão de início no domingo (29). Inicialmente, deveria começar dia 24 de abril. Mas em novo formato, com regionalização de grupos, como o ge publicou na última quinta-feira.
Ednaldo disse que, após a eleição na CBF em março, era "natural revermos orçamentos", mas foi além e disse que não havia orçamento definido para algumas competições, indicando gastos muito altos para a realização.
- As competições serão reavaliadas, em formatos que possam dar competitividade e diminuir custos. Tem três clubes de um estado que jogam entre eles e praticamente não saem para jogar, evitando assim três viagens. E tem grupos que estavam sendo feitos que um clube era prejudicado, viajando seis vezes para cumprir a programação. Por isso, a parte técnica está estudando totalmente a competição - justificou o presidente da CBF.
A nova divisão prevê chave com 10 times, com os cinco clubes de São Paulo (Corinthians, São Paulo, Santos, Palmeiras e Bragantino), dois do Rio Grande do Sul (Grêmio e Inter), um do Paraná (Athletico), um de Santa Catarina (Chapecoense), um de Goiás (Atlético-GO).
Do outro lado estão os quatro do Rio (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco), três de Minas Gerais (América-MG, Atlético-MG e Cruzeiro), três da região Nordeste (dois cearenses, com Fortaleza e Ceará, e o Bahia, da Bahia).
Por outro lado, o presidente da CBF deixou no ar, de fato, a possibilidade de exclusão do torneio sub-23, que envolvia 16 clubes. Ednaldo recebeu protesto de presidentes de clubes nos últimos dias, disse que respeita as manifestações, mas contestou os gastos. E disse que a CBF convive com as críticas, mas vai agir de maneira transparente.
- Bom lembrar que a CBF banca 100% da competição. Em viagens, hospedagens, alimentação, traslados, arbitragem. Então é natural que quem paga a conta procure ver a forma mais correta a ser paga. Que tenham mais paciência porque não pretendemos excluir, mas reavaliar sim - comentou Ednaldo, sem deixar de alfinetar a antiga gestão.