As últimas atualizações no carro da Mercedes se mostraram efetivas com o bom ritmo de Lewis Hamilton e George Russell no GP da Espanha, no último domingo. Mas às vésperas do GP de Mônaco neste fim de semana, a octacampeã de construtores pôs os pés no chão e já concebe a possibilidade dos resultados não serem o esperado na prova.
- Mônaco no passado não foi nosso lugar mais feliz. Talvez porque o carro fosse do tamanho de um elefante! Estarei curioso para ver onde estamos neste fim de semana. Minhas expectativas são menores do que qualquer outro circuito… será pelo menos um aprendizado para nos trazer de volta ao jogo - comentou Toto Wolff, chefe do time.
Nas últimas dez edições da prova, de 2011 até aqui (a corrida não foi realizada em 2020 devido à pandemia do coronavírus), a Mercedes faturou cinco vitórias em 2013, 2014 e 2015 com Nico Rosberg e 2016 e 2019 com Hamilton.
Nesse meio tempo, triunfaram também nas ruas do principado o alemão Sebastian Vettel, em 2011 e 2017; o ex-F1 Mark Webber, em 2012; Daniel Ricciardo, em 2018 e o atual vencedor Max Verstappen, que levou a melhor em 2021.
Estreita e mais travada, a pista de Mônaco não proporciona muitas ultrapassagens aos largos e atuais carros da Fórmula 1. Com isso, o resultado na classificação da etapa tem sido primordial para definir a disputa.
Hamilton já fez a pole no circuito de rua mais famoso do mundo em 2015 e 2019. No entanto, a Mercedes encara a competitividade das fortes Ferrari e RBR em voltas lançadas, no ritmo de classificação, o que tornará a tarefa de obter um bom resultado em Mônaco mais trabalhosa.
- Demos outro grande passo e provavelmente reduzimos pela metade a desvantagem para os primeiros colocados. Mas ainda há muito a percorrer para estar na luta - completou Wolff.
O histórico da Mercedes em Mônaco é, de fato, cheio de altos e baixos. Na última edição da prova nas ruas do principado, a equipe alemã viu Hamilton ficar preso no sétimo lugar em que largou e Valtteri Bottas, então titular do time, abandonar a corrida por sofrer com uma porca defeituosa, que impediu a retirada de um de seus pneus e só foi removida quatro dias depois.