O presidente Sérgio Santos Rodrigues fez uma análise da previsão para o Cruzeiro pagar todas as dívidas, se as mudanças contratuais propostas por Ronaldo para efetuar a compra da SAF forem aprovadas. A semana não será somente decisiva em campo, com a final do Campeonato Mineiro, como também no conselho deliberativo.
Segundo Sérgio Santos Rodrigues, no atual momento, o clube não tem recursos para quitar os débitos em 10 anos. Mas, com a renegociação do acordo, as contas fecham, e o prazo para o pagamento das dívidas seria de oito anos.
"Em relação à recuperação, ficou claro através de projeções e cálculos que dá uma segurança jurídica maior pra poder fazer o parcelamento das dívidas. Pelas projeções que a gente tem, se fosse pelo regime da RCE (Regime Centralizado de Execuções), em 10 anos a gente não teria, pela projeção, como pagar as contas. Pela recuperação, de acordo com os cálculos que a gente faz, de maneira muito direta, mas claro que podendo melhorar isso em muitos cenários, tem uma previsão muito tranquila de, em oito anos, quitar as dívidas com o planejamento que foi feito."
No acordo de intenção de compra assinado por Ronaldo, no dia 18 de dezembro de 2021, ficou certo que o empresário iria investir R$ 400 milhões (R$ 50 milhões de aporte direto e R$ 350 milhões por investimento direto ou por incremento de receitas) para adquirir 90% da participação acionária da SAF.
As dívidas tributárias do clube, que giram em torno de R$ 200 milhões, ficariam com a Associação civil do Cruzeiro. Na nova proposta de Ronaldo, ele assumiria o pagamento das dívidas tributárias, mas passaria a ter o controle das Tocas da Raposa. Reunião em 04 de abril votará a proposta.
Como a Associação tem receita reduzida com a venda da SAF, o pagamento das dívidas corre risco, assim como bens do clube, que podem ser penhorados. Por isso, a proposta de Ronaldo é assumir parte da dívida tributária do clube, ajustando o acordo com um procedimento de Recuperação Judicial ou Extrajudicial, que renegociaria débitos cíveis e trabalhistas, e passagem de propriedade das Tocas I e II para a SAF.
Sérgio Santos Rodrigues afirma que 40% das dívidas do clube são tributárias. Por isso, é prudente, para ele, aprovar a adequação do acordo conforme as proposições do Fenômeno.