Shaundelle Brooks diz que se preocupa com ataques em massa com armas de fogo toda vez que deixa seu filho Aldane na escola.
Faz apenas cinco anos que ela perdeu seu filho mais velho, Akilah DaSilva, de 23 anos, em um ataque em um restaurante em Nashville.
Nesta semana, um atirador abriu fogo contra os alunos em uma escola cristã particular na cidade e seu filho Aldane foi obrigado a ficar confinado em sua escola secundária nos arredores.
"Meu coração disparou", disse Brooks à emissora americana CNN. "Aqui estamos nós de novo, outro ataque em massa."
Brooks e sua família fazem parte de um pequeno grupo de pessoas nos Estados Unidos que foram vítimas de vários ataques com arma de fogo.
Não há dados sobre quantas pessoas assim existem. Mas, embora os ataques em massa representem uma parcela extremamente pequena do total de incidentes de violência armada nos EUA, seu impacto é profundo.
Para aqueles que testemunharam mais de um caso de violência armada na vida, existe um risco ainda maior de problemas graves de saúde mental, como depressão e transtorno de estresse pós-traumático, explica Robin Gurwitch, psicóloga do Centro Médico da Universidade de Duke.
"Quanto mais exposição temos a eventos traumáticos, mais eles se acumulam", diz.
Em um dia de neve de novembro em Michigan, a estudante do Ensino Médio Emma Riddle teve que correr para salvar sua própria vida depois que um atirador abriu fogo contra seus colegas de classe.
Ela se lembra particularmente de seus pés gelados, pois usava tênis Vans velhos que vestira às pressas naquela manhã.
Durante meses após o ataque de 2021, no qual quatro estudantes morreram, Riddle usou tênis esportivos todos os dias, disse ela, para o caso de ser surpreendida com outra situação semelhante.