Embora tenha executado seis testes de mísseis balísticos apenas em janeiro deste ano, mais do que o total disparado em 2021, a Coreia do Norte vai presidir a Conferência sobre Desarmamento da ONU. A decisão gera estupor pelo próprio contrassenso: integrado por 65 países, o fórum é considerado o pilar dos esforços mundiais para combater a proliferação de armas.
“É como pôr um estuprador em série encarregado de um abrigo para mulheres”, resumiu Hillel Neuer, diretor executivo do grupo de monitoramento independente UN Watch.
Neuer conclama o boicote de países à conferência, que ocorrerá entre 30 de maio e 24 de junho, período em que o regime de Kim Jong-un assumirá a presidência rotativa. “Este é um país que ameaça atacar outros estados membros e comete atrocidades contra seu povo.”