Enquanto os russos procuram evitar que armas e munições do ocidente cheguem aos ucranianos, autoridades mundiais fazem alertas contra a utilização de um arsenal cada vez mais perigoso pelo exército de Vladimir Putin.
À medida que o combate contra um inimigo tido como inferior se alonga, o mundo se pergunta o que os russos ainda podem fazer.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou para o risco de uma guerra nuclear na Europa: "O alerta das forças nucleares russas é de arrepiar os ossos e a perspectiva de um conflito nuclear, antes impensável, agora está de volta ao reino das possibilidades".
Bombas termobáricas
Nos últimos dias o mundo tem olhado com atenção o uso de armas cada vez mais perigosas. Na semana passada o ministério da defesa do Reino Unido acusou a Rússia de usar as chamadas bombas termobáricas na Ucrânia, uma arma com potencial destrutivo impressionante.
“Bombas termobáricas são bombas de uma eficiência energética muito boa, usa um alto explosivo. Gera um vácuo muito grande, além de um calor muito grande", explica Willy Hauffe, especialista da Associação Nacional dos Peritos. "O vácuo geralmente é para colapso de estruturas. E o calor justamente para queimar tudo em volta e até queimar pessoas”, disse.
Armas de destruição em massa
A troca de acusações entre russos e americanos sobre o uso e o desenvolvimento de armas químicas e a permanente ameaça nuclear traz à tona a questão das armas de destruição em massa.
Os especialistas ouvidos nessa reportagem afirmam que já é possível fazer muito estrago com o uso de armamentos convencionais e que as armas de destruição em massa seriam uma escolha improvável.
Ela seria uma forma de provocar terror na população ucraniana e forçar uma rendição imediata. As consequências de um ato como esse, ainda segundo os especialistas, seriam devastadoras.