Não é incomum que, em História militar, um único sistema de armamento se torne símbolo de todo um período de guerras.
Pode-se pensar, por exemplo, no arco longo usado pelos arqueiros ingleses na Batalha de Agincourt, na Idade Média, ou nos tanques fortemente blindados que protagonizaram os combates terrestres da Segunda Guerra Mundial.
O veículo aéreo não tripulado americano MQ-1 Predator, um tipo de drone armado, tornou-se ícone do conflito de contra-insurgência travado pelos Estados Unidos em países como Afeganistão e Iraque.
Nova era
Uma nova era de guerra de drones já se iniciou, envolvendo muito mais agentes. E o uso de veículos aéreos não tripulados (UAVs, sigla criada a partir do termo em inglês) passou da guerra de contraterrorismo ou contra-insurgência para o combate convencional em grande escala.
À frente, ainda, uma nova terceira era de guerra de drones acena, à medida que a tecnologia se torna cada vez mais sofisticada e conectada à inteligência artificial.
Os ataques de drones desempenharam um papel fundamental em conflitos recentes, ajudando a reforçar a posição do governo da Etiópia, por exemplo, diante das ações dos rebeldes da Frente de Libertação Popular do Tigray (FLPT).
As armas foram adquiridas da Turquia e do Irã. Também há relatos de que o governo etíope teve acesso aos veículos aéreos não tripulados chineses Wing Loong II através dos Emirados Árabes Unidos.
Os Emirados também forneceram drones de fabricação chinesa para o general Khalifa Haftar, considerado um aliado, que os utilizou na brutal guerra civil da Líbia, conflito que se seguiu à derrubada do ditador Muammar Kadhafi em 2011.
Nesse caso, considera-se que os drones armados tiveram impacto decisivo.