O governo dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (24) um novo pacote de sanções à Rússia, como forma de pressionar para que o país retire suas tropas da Ucrânia. Entre a lista de punições, está o congelamento de bens de dezenas de fabricantes de armas e equipamentos defesa, 328 parlamentares russos e o diretor do Sberbank, o maior banco da Rússia.
As sanções foram anunciadas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, em resposta ao que o órgão chama de guerra "ilegal" contra a Ucrânia.
Entre as empresas sancionadas, estão KTVR, estatal russa que fabrica os principais mísseis utilizados em ataques ao território ucraniano, além de radares e armas submarinas.
Washington também decidiu sancionar os 328 membros do Duma, a câmara baixa do Parlamento russo, que apoiam a guerra ou são "cúmplices" dos ataques, nas palavras do Departamento do Tesouro norte-americano. A medida é uma represália a uma resolução aprovada pelo Duma pedindo para que o presidente do país, Vladimir Putin, reconheça as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk como forma de justificar os ataques no país vizinho.
"Putin reconheceu as regiões como desculpa para ordenar a entrada de suas tropas na Ucrânia", afirmou o Departamento do Tesouro dos EUA em nota.
As sanções miram também o CEO do Sberbank, o principal banco da Rússia, Herman Oskarovich Gref. Gref é ainda um forte aliado de Putin.
O Kremlin ainda não se manifestou sobre as novas sanções.
A Otan também deve aprovar nesta semana um pacote conjunto de sanções contra a Rússia. Líderes da aliança militar ocidental, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o presidente francês, Emmanuel Macron, estão reunidos nesta quinta-feira em uma cúpula extraordinária em Bruxelas.