Apesar da herança de exploração com colonizações de holandeses e ingleses, a Guiana é um dos países que mais crescem no mundo atualmente. O país sempre foi um dos mais pobres da América do Sul, mas isso começou a mudar a partir de 2015, com a descoberta de petróleo na região de Essequibo.
Por causa do petróleo, a Guiana é hoje o país que mais cresce no mundo, a números impressionantes. Apenas no ano passado, o crescimento foi de 62%.
Com uma reserva de 11 bilhões de barris de petróleo, Essequibo é alvo do presidente venezuelano Nicolás Maduro, que aprovou no início do mês referendo para anexar a área à Venezuela. Os governos dos dois países vão sentar para falar sobre a região na próxima quinta-feira (14) e o presidente Lula foi convidado.
Em teoria, a média do PIB da Guiana é a quarta maior do continente, atrás apenas dos Estados Unidos, Canadá e Bahamas.
Apesar disso, a concentração de renda ainda é grande: a maior parte da população continua pobre e há denúncias de corrupção interna. Todo o petróleo encontrado na Guiana está no mar da província de Essequibo.
Interesses dos EUA
Na disputa pelo Essequibo, cada movimento dos protagonistas Venezuela e Guiana é acompanhado com atenção desde o referendo venezuelano pela anexação do território, realizado no início de dezembro.
No sábado (9/12), os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, concordaram em realizar uma reunião sobre a disputa territorial.
No entanto, os olhos do mundo, em especial da América Latina, não estão pregados só nos dois países; os Estados Unidos, assim como o Brasil, é outro protagonista desta crise diplomática.
O governo americano é um aliado político e econômico poderoso da Guiana, enquanto a Venezuela segue em frágeis negociações pelo alívio das sanções econômicas dos Estados Unidos em troca de concessões eleitorais e garantias de direitos humanos.