Você está em:

Liberação de água radioativa de Fukushima

Água será liberada ao longo de 30 anos após ser filtrada e diluída; especialistas dizem que risco é baixo para população
Picture of Amanda Omura

Amanda Omura

O capítulo final de uma polêmica que surgiu há dois anos, gerando protestos da população japonesa e de governos de outros países, está prestes a ser encerrado.

Nesta quinta-feira (24/8), o Japão começará a liberar água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima, atingida por um tsunami em 2011.

A decisão ocorre semanas após o órgão de vigilância nuclear da ONU ter aprovado o plano.

Cerca de 1,34 milhão de toneladas de água — o suficiente para encher 500 piscinas olímpicas — estão acumuladas desde que o tsunami destruiu a central.

A água será liberada ao longo de 30 anos após ser filtrada e diluída.

As autoridades solicitarão ao operador da central que "se prepare imediatamente" para o início da eliminação em 24 de agosto, se as condições meteorológicas e marítimas forem adequadas, disse o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, após uma reunião de seu gabinete.

Kishida visitou a usina no domingo, gerando especulações de que a liberação seria iminente.

O governo disse que a liberação da água é uma etapa necessária no longo e caro processo de desativação da usina, que fica na costa leste do país, a cerca de 220 quilômetros da capital, Tóquio.

O Japão recolhe e armazena água contaminada em tanques há mais de uma década, mas há cada vez menos espaço.

Em 2011, um tsunami desencadeado por um terremoto de magnitude 9,0 inundou três reatores da usina nuclear de Fukushima Daiichi.

O evento é considerado o pior desastre nuclear do mundo desde Chernobyl.

Pouco depois, as autoridades criaram uma zona de exclusão que continuou a ser ampliada à medida que a radiação vazava da central, forçando mais de 150 mil pessoas a evacuarem a área.

O plano para liberar água da usina causou alarme em toda a Ásia e no Pacífico desde que foi aprovado pelo governo japonês, há dois anos.

Posts Relacionados

Poluição do ar em Bangkok fecha mais de 350 escolas

Poluição do ar em Bangkok fecha mais de 350 escolas

Presença de micropartículas de poluição na capital tailandesa excede em sete vezes o máximo recomendado pela OMS

Human Rights Watch pede que Brasil ‘lidere a COP 30’

Human Rights Watch pede que Brasil ‘lidere a COP 30’

Capítulo dedicado ao Brasil no relatório cita problemas como abuso policial e ataques à imprensa – e reconhece avanço em outras áreas

Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, é preso

Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, é preso

Ainda em dezembro, o Congresso aprovou a abertura de um processo de impeachment contra Yoon. Desde então, ele está afastado

Mistura para apagar fogo cria cenários cor-de-rosa

Mistura para apagar fogo cria cenários cor-de-rosa

O objetivo do elemento é retardar o avanço das chamas, que já provocaram mais de 20 mortes e destruíram centenas de casas

Israel bombardeia zona humanitária em Gaza

Israel bombardeia zona humanitária em Gaza

Exército israelense afirma que alvo dos ataques em acampamento era um assessor do diretor de polícia do território

Deportação tem assustado famílias norte-americanas

Deportação tem assustado famílias norte-americanas

Imigrantes que se casaram com americanos e tiveram filhos correm o risco de serem obrigados a deixarem o país durante o governo Trump

Renúncia de vice-premiê mergulha Canadá em crise

Renúncia de vice-premiê mergulha Canadá em crise

O primeiro-ministro, Justin Trudeau, se expôs a um momento de fragilidade a menos de um ano para as eleições canadenses

Milei promete reduzir 90% dos impostos federais em 2025

Milei promete reduzir 90% dos impostos federais em 2025

Ele prometeu uma série de reformas estruturais e falou sobre sua intenção de firmar um acordo de livre-comércio com os EUA

pt_BRPortuguese