O papa emérito Bento XVI, que recentemente foi acusado de ter acobertado casos de pedofilia na época em que era arcebispo, divulgou uma carta nesta terça-feira (8) em que pede perdão por "abusos" e "erros" do clero e afirmou que está pronto para enfrentar "o juiz final da minha vida".
Bento XVI, que renunciou ao papado em 2013 e está com 94 anos, disse no documento que foi "profundamente prejudicial" ter sido rotulado de mentiroso por causa da sua omissão sobre os abusos, mas que reconhece os "erros ocorridos".
Um relatório independente publicado em 20 de janeiro deste ano afirma que o então arcebispo Joseph Ratzinger teria acobertado quatro casos de pedofilia na Alemanha mais de 20 anos antes de se tornar o líder da Igreja Católica.
Os abusos aconteceram quando Bento XVI ainda era arcebispo de Munique, e o documento diz que padres pedófilos continuaram na Igreja e Ratzinger não impôs nenhuma restrição explícita às atividades deles nem iniciou qualquer processo interno de investigação.
O relatório também afirma que Ratzinger não teve interesse em falar com as vítimas ou cuidar delas e o máximo que fez foi transferir um dos pedófilos, mas o padre abusador continuou trabalhando na pastoral.
Quatro dias após a divulgação do relatório, Bento XVI admitiu que participou de uma reunião em janeiro de 1980 sobre um dos padres acusados de abuso sexual de menores.
Em um comunicado, Bento XVI mudou uma declaração anterior, em que dizia que não tinha participado do encontro, e pediu desculpas.
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