Esta semana pode selar o futuro de Joe Biden.
Doze dias depois da performance vacilante no último debate, que pode ser lembrada como uma das mais desastrosas da história americana moderna, o presidente democrata luta pela sobrevivência política sob intenso escrutínio interno e internacional.
A reunião de cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) desta semana em Washington D.C. pode oferecer uma trégua temporária — ou ser a última batalha deste presidente.
Nos últimos dias, Biden atacou seus críticos, reivindicou o mandato dos eleitores democratas nas primárias e desafiou os oponentes a seguir em frente e tentar derrubá-lo. Ele prometeu repetidamente que está avançando com sua campanha e que a temporada de dúvidas e lamentações acabou. Esse passo à frente vai ser dado na reunião da Otan.
Biden vai receber os líderes da aliança militar para três dias de reuniões e eventos públicos, culminando em uma coletiva de imprensa individual na tarde de quinta-feira (11).
É um palco no qual Biden, um homem versado em relações exteriores, deveria se sentir confortável. Mas também aumenta os riscos, que já são elevados, para sua presidência, dado que um desempenho fraco vai ter repercussões internas e internacionais.
Um deslize pode dar início a uma debandada política entre os democratas, que acabaria com sua esperança de chegar às eleições gerais de novembro, quanto mais de vencê-las.
Poderia também aumentar as preocupações dos aliados europeus que temem a possibilidade cada vez maior de um novo governo de Donald Trump, e as mudanças drásticas na política externa que viriam junto.
Líderes estrangeiros preocupados
É sabido que muitos líderes europeus estão preocupados com Trump e sua estratégia de política externa. O ex-presidente menosprezou as alianças internacionais multilaterais.
Mas Berzina afirma que, nas últimas duas semanas, esses líderes vivenciaram algo novo — a ansiedade em relação a Biden.
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