O presidente russo, Vladimir Putin, advertiu, nesta quarta-feira (27), que qualquer intervenção externa na operação militar lançada pela Rússia na Ucrânia receberá uma "resposta fulminante".
"Se alguém tem a intenção de intervir do exterior nos atuais acontecimentos (da Ucrânia), criando inaceitáveis ameaças de caráter estratégico para nós, deve saber que nossa resposta (…) será fulminante", declarou Putin, em uma sessão no Parlamento russo.
Seu governo, acrescentou, vai recorrer ao seu mais moderno armamento.
"Dispomos das ferramentas para isso, das quais ninguém mais pode ostentar. Nós não faremos alardes, (mas) as usaremos, em caso de necessidade. E quero que todos saibam", prosseguiu.
Putin destacou em várias ocasiões a modernização do armamento russo, com arsenais de mísseis hipersônicos e com o míssil balístico intercontinental Samart, que foi testado com sucesso no início do mês.
Bombardeio
Mais cedo, o Ministério da Defesa da Rússia disse que seus mísseis Kalibr atingiram um depósito de armas na região de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, que abriga armas dos Estados Unidos e de países europeus.
O ministério informou que sua força aérea destruiu 59 alvos militares ucranianos durante a noite e reforçou que os mísseis "destruíram hangares com um grande lote de armas e munições estrangeiras fornecidas às tropas ucranianas pelos EUA e por países europeus".
Os russos, porém, não apresentaram provas das suas alegações.
A Rússia alertou os Estados Unidos que grandes entregas ocidentais de armas para a Ucrânia estão alimentando o conflito de nove semanas.
Rússia proíbe entrada de quase 300 deputados britânicos
O Ministério russo das Relações Exteriores anunciou nesta quarta-feira (27) que proibiu a entrada de 287 deputados britânicos em represália às sanções impostas pelo Reino Unido contra legisladores russos.