O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, conclama compatriotas a resistir à invasão russa até o autossacrifício. O ex-presidente Petro Poroshenko empunha, em entrevista de TV, um fuzil AK-47. Uma fábrica de cerveja anuncia que migrou da produção de bebidas para a de coquetéis molotov. Um morador de Lviv mostra uma submetralhadora e diz que é adequada para o combate casa a casa. O autoproclamado porta-voz de um certo Movimento de Resistência Ucrânia Livre diz contar com cerca de mil guerrilheiros camuflados "atrás das linhas inimigas" - em Mariupol, Sumy, Kharkiv e Irpin.
Essas e outras cenas, exibidas ou descritas pela imprensa nos últimos 18 dias, sugerem que a guerra dos ucranianos contra o invasor russo já tem um caráter insurrecional, irregular ou de guerrilha.
Nas galerias de honra de museus e memoriais, soldados profissionais figuram lado a lado com guerrilheiros - homens e mulheres - que nunca pisaram em academias militares.
Esse passado é visto por alguns como um indício de que a invasão determinada pelo presidente russo, Vladimir Putin, terá o mesmo destino de campanhas como as ocupações soviética e norte-americana no Afeganistão e norte-americana no Iraque: exuberantes operações militares incapazes de vencer inimigos fracos, mas flexíveis e com moral elevada.
Esse passado é visto por alguns como um indício de que a invasão determinada pelo presidente russo, Vladimir Putin, terá o mesmo destino de campanhas como as ocupações soviética e norte-americana no Afeganistão e norte-americana no Iraque: exuberantes operações militares incapazes de vencer inimigos fracos, mas flexíveis e com moral elevada.
Um dia depois de os tanques russos cruzarem a fronteira, o especialista em inteligência Douglas London escreveu na revista Foreign Affairs que a estratégia ucraniana "não depende de repelir uma invasão russa, mas sim em fazer Moscou sangrar a ponto de tornar a ocupação insustentável".