O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que não houve comunicações diplomáticas recentes entre a Rússia e a Ucrânia por meio de seus ministérios das Relações Exteriores e que a situação no porto de Mariupol, que ele descreveu como terrível.
"Mariupol pode ser um divisor de águas", disse ele ao falar sobre as negociações em uma entrevista à CBS News neste domingo (17).
Rússia alega ter invadido toda a área urbana de Mariupol no sábado (16). Segundo eles, restaram algumas tropas na metalúrgica Azovstal, uma das maiores da Europa que ocupa uma área de 11 km².
Essa tomada completa da cidade, caso ocorra a conquista dessa metalúrgica, é importante para a Rússia. Mariupol fica entre duas das principais frentes de combate e é crucial para consolidar o controle russo sobre o leste e grande parte do litoral da Ucrânia.
Soldados ucranianos resistiram a um ultimato russo de rendição neste domingo na cidade portuária de Mariupol.
O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, disse que as tropas em Mariupol ainda estão lutando, apesar da exigência russa de se render.
"A cidade ainda não caiu," disse Shmyhal.
"O único nível de contato é a equipe de negociação composta por representantes de várias instituições e membros dos parlamentos. Eles continuam dialogando, mas não há nenhuma conversa de alto escalão ocorrendo", acrescentou.
Rússia tomou toda a área urbana de Mariupol
Segundo o ministério de defesa da Rússia, toda a área urbana de Mariupol está tomada por forças russas. Alguns soldados ucranianos ainda estariam ocupando uma fábrica na periferia da cidade. As informações são da agência RIA, citando o porta-voz russo Igor Konashenkov.
Na quarta-feira (13), a Rússia disse que parte das tropas ucranianas se renderam. A Ucrânia negou a informação, dizendo que mil soldados foram realocados.