Na ruidosa campanha eleitoral de 2016, o candidato Donald Trump pregou aos quatro ventos que sua adversária Hillary Clinton deveria ser presa por ter usado uma conta pessoal de e-mails durante a sua gestão como secretária de Estado dos EUA.
Agora é o ex-presidente americano, que está no meio de mais um escândalo embaraçoso: na saída da Casa Branca, ele teria levado objetos e documentos confidenciais para a sua propriedade particular em Mar-a-Lago, na Flórida.
A descoberta de material do governo americano em 15 caixas que foram devolvidas por Trump no mês passado levou a Administração Nacional de Arquivos e Registros (NARA) a pedir ao Departamento de Justiça para investigar o ex-presidente, segundo noticiaram os jornais “The New York Times” e “Washington Post”.
A agência quer saber se ele violou a Lei de Registros Presidenciais, de 1978, que exige que os mandatários entreguem e-mails, cartas e outros documentos aos Arquivos Nacionais. E se documentos secretos do governo foram levados indevidamente, em caixas vulneráveis, para o resort da Flórida.
Entre o material devolvido por Trump, havia presentes recebidos de outros líderes mundiais, as cartas “de amor” – como ele próprio descreveu – trocadas com o ditador norte-coreano Kim Jong-un e a mensagem escrita por Barack Obama ao sucessor, ao deixar a Casa Branca. O caso chama atenção pelo volume recuperado e pela quantidade de documentos colados manualmente. Trump tinha o hábito de rasgar em pedaços os memorandos que deveriam ser preservados. Isso fazia com que seus funcionários tentassem recuperá-los, juntando os pedaços como peças de quebra-cabeças.
Apesar de advertido de que a destruição poderia ser caracterizada como violação à lei, ele continuou a fazê-lo sistematicamente durante o mandato. Acredita-se que boa parte tenha sido inutilizada.
Processar Trump por manipular informações confidenciais pode ser complexo. É difícil provar as condições em que o material foi manuseado – se intencionalmente ou por simples negligência.
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