Você está em:

Ucranianos relatam medo após serem detidos por russos

Moradores de Mariupol que passaram por campos de triagem da Rússia relatam maus-tratos e condições similares às de prisões
Picture of Amanda Omura

Amanda Omura

"Você não pode imaginar como as condições eram horríveis".
Oleksandr e Olena são dois dos poucos civis que recentemente conseguiram escapar de Mariupol, que agora está quase sob total controle russo após semanas de bombardeio.

A cidade está efetivamente isolada do mundo, e as informações sobre o que está acontecendo no interior são difíceis de confirmar de forma independente.

Mas os dois, e outros cidadãos, deram relatos assustadores da vida nos chamados "campos de triagem" da Rússia, montados nos arredores de Mariupol para abrigar civis antes de serem evacuados.

Oleksandr e Olena, falando da cidade ocidental de Lviv, considerada relativamente segura, dizem que acabaram em um dos centros quando tentaram escapar da cidade.

Depois de caminhar de sua casa até um ponto de evacuação, eles foram levados para um centro de refugiados russo em uma antiga escola na vila de Nikolske, a noroeste de Mariupol.

"Era como um verdadeiro campo de concentração", diz Oleksandr, de 49 anos. Os centros foram comparados por oficiais ucranianos aos usados durante a guerra da Rússia na Chechênia, quando milhares de chechenos foram brutalmente interrogados e muitos desapareceram.
Oleksandr e Olena tiveram suas impressões digitais copiadas, foram fotografados de todos os lados e interrogados por várias horas por oficiais de segurança russos. "Como em uma prisão", diz ele.

Eles temiam que os russos olhassem seus telefones e, por isso, limparam todas as evidências de seus dispositivos de qualquer coisa relacionada à Ucrânia - incluindo fotos de sua filha em frente a uma bandeira ucraniana.

Eles estavam certos em se preocupar. Oleksandr diz que, durante o interrogatório, oficiais de segurança russos examinaram fotografias, histórico de chamadas telefônicas e números de contato em seus dispositivos em busca de ligações com jornalistas ou oficiais do governo e militares.

Posts Relacionados

Acidente entre avião e helicóptero é o mais letal dos EUA

Acidente entre avião e helicóptero é o mais letal dos EUA

Um jato da American Airlines com 64 pessoas a bordo colidiu com um helicóptero militar enquanto se preparava para pousar

Argentina vai reforçar barreiras na fronteira com o Brasil

Argentina vai reforçar barreiras na fronteira com o Brasil

País havia já anunciado intenção de construir alambrado na fronteira com a Bolívia, citando preocupações com o contrabando

Poluição do ar em Bangkok fecha mais de 350 escolas

Poluição do ar em Bangkok fecha mais de 350 escolas

Presença de micropartículas de poluição na capital tailandesa excede em sete vezes o máximo recomendado pela OMS

Human Rights Watch pede que Brasil ‘lidere a COP 30’

Human Rights Watch pede que Brasil ‘lidere a COP 30’

Capítulo dedicado ao Brasil no relatório cita problemas como abuso policial e ataques à imprensa – e reconhece avanço em outras áreas

Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, é preso

Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, é preso

Ainda em dezembro, o Congresso aprovou a abertura de um processo de impeachment contra Yoon. Desde então, ele está afastado

Mistura para apagar fogo cria cenários cor-de-rosa

Mistura para apagar fogo cria cenários cor-de-rosa

O objetivo do elemento é retardar o avanço das chamas, que já provocaram mais de 20 mortes e destruíram centenas de casas

Israel bombardeia zona humanitária em Gaza

Israel bombardeia zona humanitária em Gaza

Exército israelense afirma que alvo dos ataques em acampamento era um assessor do diretor de polícia do território

Deportação tem assustado famílias norte-americanas

Deportação tem assustado famílias norte-americanas

Imigrantes que se casaram com americanos e tiveram filhos correm o risco de serem obrigados a deixarem o país durante o governo Trump

pt_BRPortuguese