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Zelensky acusa Rússia de cometer genocídio em Donbass

Moscou fecha cerco a cidades, visando tomar todo o leste da Ucrânia. Presidente diz que ataques podem deixar a região "desabitada"
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Amanda Omura

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, acusou a Rússia de cometer "genocídio" na região do Donbass, onde a cidade de Severodonetsk está sofrendo constantes bombardeios russos.

Em seu discurso diário na televisão na noite desta quinta-feira (26), Zelensky disse que os ataques poderiam deixar toda a região "desabitada". Segundo o presidente ucraniano, a Rússia pratica "deportação" e "assassinato em massa de civis" no Donbass.

"Tudo isso é uma óbvia política de genocídio levada a cabo pela Rússia", afirmou.
Grupos separatistas pró-Moscou controlam desde 2014 partes do Donbass. Agora, porém, a Rússia planeja tomar toda a região, após fracassar na conquista de Kiev e arredores.

Analistas militares ocidentais dizem que a batalha pode ser decisiva, dependendo se as forças russas conseguirem sustentar o avanço ou perder o ímpeto.

As forças invasoras russas se aproximam de várias cidades do leste, rompendo a resistência ucraniana, incluindo em Severodonetsk e Lysychansk, consideradas estratégicas por ficaram na rota para Kramatorsk, importante centro oriental da Ucrânia.

Três pessoas morreram em ataques nas duas cidades, disse a vice-ministra da Defesa, Ganna Malyar, ressaltando que os combates no leste do país atingiram "sua intensidade máxima".

"A situação continua difícil, porque o Exército russo lançou todas as suas forças para tomar a região de Luhansk", afirmou o governador Serguei Haidai, em um vídeo no Telegram.

"Lutas extremamente ferozes estão ocorrendo nos arredores de Severodonetsk. Eles estão simplesmente destruindo a cidade, bombardeando-a todos os dias, bombardeando sem parar", acrescentou.

Mortos em Kharkiv
Em Kramatorsk, crianças vagam pelos escombros deixados pelos ataques russos enquanto o som do fogo de artilharia ressoa.

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