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Pesquisa aponta que RJ pode economizar até R$ 37 bilhões com concessões da Cedae

Estudo do Instituto Trata Brasil analisou os investimentos que serão feitos nos próximos 30 anos
Amanda Omura

Amanda Omura

Uma pesquisa feita pelo Instituto Trata Brasil apontou que o Governo do Estado do Rio de Janeiro pode economizar até R$ 37 bilhões em ganhos indiretos com concessões da Cedae, nos próximos 30 anos.

O estudo levou em consideração as metas com o saneamento básico que estão estipuladas no contrato de concessão das empresas responsáveis pelos blocos 1 e 4. Ao todo, 27 municípios fazem parte dos dois blocos, onde vivem aproximadamente 10 milhões de pessoas.

Para chegar ao valor total que pode ser economizado, a pesquisa do Trata Brasil considerou a redução de internações hospitalares, novas receitas de turismo e produtividade dos trabalhadores.

"A condição inicial é o cumprimento das metas do contrato que sejam realizados os investimentos para atender essa população que hoje não tem acesso a água (…) Atendendo essas metas e investindo os recursos para chegar água e tratar o esgoto é praticamente certo que esses ganhos vão chegar à sociedade carioca", disse Fernando Garcia de Freitas, pesquisador do Trata Brasil.

Economia de mais de R$ 100 milhões na Saúde
Só no setor da Saúde, o RJ pode economizar cerca de R$ 101 milhões com os investimentos que serão feitos nos próximos 30 anos pelas concessionárias que venceram o leilão da Cedae.

Para concluir todas as obras de água e esgoto que estão previstas, será preciso contratar 36 mil trabalhadores.

Com menos problemas de saúde provocados pela falta de saneamento básico, o estudo considera que a produtividade dos trabalhadores dessa região será maior e representará um ganho de R$ 142 milhões.

Já no Turismo, a despoluição de alguns dos principais cartões postais do Rio, como a Baia de Guanabara, por exemplo, pode impulsionar o setor. Os responsáveis pelo estudo preveem uma receita extra de R$ 33 milhões por ano até 2056.

Agência reguladora terá papel fundamental
Para que essas previsões se confirmem, será preciso que a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) monitore com atenção o cumprimento dos contratos.

Especialistas ouvidos pelo RJ2 estão preocupados com a capacidade da agência cumprir o seu papel.
Atualmente a Agenersa conta com apenas 84 funcionários. Desse total, apenas 15 fiscalizam as concessionárias.

O Governo do Estado autorizou a realização de um concurso público para a contratação de mais 50 trabalhadores, número que ainda não é considerado suficiente para a função.

Além do número inadequado para a fiscalização, os especialistas ainda alertaram para a presença do delegado de polícia Rafael Carvalho de Menezes, como presidente da Agenersa. Segundo os entrevistados, ele não tem experiência no setor.
"O problema é que a agência não está preparada tecnicamente e nem com capacidade de funcionamento para regular esses novos processos de concessão", comentou Luís Edmundo Horta, especialista em recursos hídricos.

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