O presidente Jair Bolsonaro fechou os nomes dos ministros que vão deixar o primeiro escalão até o fim do mês, quando haverá uma reforma ministerial. Esses ministros estão de saída do governo porque vão disputar uma vaga no Senado ou nos governos estaduais nas eleições de outubro e, pelas regras eleitorais, têm que se descompatibilizar dos atuais cargos.
Bolsonaro bateu o martelo das substituições em conversar com interlocutores próximos nos últimos dias, como o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil).
Vão deixar o governo para se candidatar:
Tarcísio Freitas (Infraestrutura)
Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos)
João Roma (Cidadania)
Flávia Arruda (Secretária de Governo)
Tereza Cristina (Agricultura)
Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional)
Gilson Machado (Turismo)
Onyx Lorenzoni (Trabalho)
Braga Netto (Defesa), que deverá ser o vice de Bolsonaro nas eleições
A tendência na maioria das trocas é assumir a pasta algum executivo que já esteja na atual estrutura dos ministérios. É o caso, por exemplo, da Agricultura, em que o secretário-executivo, Marcos Montes, tem apoio da bancada ruralista.
Na Defesa, a mudança é considerada mais estratégica. Bolsonaro estuda colocar o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, à frente da pasta. Com isso, iria para o comando do Exército o atual comandante de Operações Terrestres da Força, general Freire Gomes, nome considerado alinhado ao bolsonarismo.
Em outros ministérios, ainda há indefinição sobre os substitutos, porque partidos aliados como o PP e o PL, sigla de Bolsonaro, querem ocupar mais espaço.