O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira (5) que o governo vai discutir, no dia 18 de fevereiro, a adesão à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+).
Criada em 1960, a Opep reúne hoje 13 grandes países ofertantes de óleo no mundo como Arábia Saudita, Irã, Iraque, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.
A sigla "Opep+", com o símbolo de adição, inclui também os chamados "países aliados" – que não integram a organização propriamente, mas atuam de forma conjunta em algumas políticas internacionais ligadas ao comércio de petróleo e na mediação entre membros e não membros. É nesse grupo que o Brasil deve entrar.
"É fundamental que a gente participe desses fóruns de discussão que nos permite avançar em especial na visão estratégica de desenvolvimento econômico, com sustentabilidade e resultados sociais. Vemos a plataforma Opep+ como uma plataforma fundamental para essa estratégia", declarou Silveira a jornalistas em evento no Ministério de Minas e Energia.
A Opep+ corteja o Brasil há alguns anos, mas, em novembro de 2023, o governo confirmou que analisa o convite para entrar no grupo. A confirmação veio durante viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Arábia Saudita – membro influente do grupo.
Está agendada para o dia 18 de fevereiro a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) – órgão de aconselhamento atrelado à Presidência da República, do qual participam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros de Estado.
A adesão do Brasil à Opep+ será discutida nessa reunião, com recomendação favorável do Ministério de Minas e Energia, conforme sinalizou Silveira.
Se aprovada, a adesão será feita no ano em que o Brasil sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP), enquanto tenta se firmar como liderança ambiental.
Sem troca no ministério
Na manhã desta quarta-feira (5), Lula disse que não haverá troca no comando do Ministério de Minas e Energia, em meio a rumores de que Silveira deixaria o cargo em uma possível reforma ministerial.
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