Você está em:

‘Não vai mudar nada’, diz Mourão sobre troca no comando da Petrobras feita por Bolsonaro

Após desgaste por disparada nos preços dos combustíveis Bolsonaro decidiu tirar Joaquim Silva e Luna da presidência
Picture of Amanda Omura

Amanda Omura

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quarta-feira (30) que não acredita em mudanças na gestão da Petrobras após a decisão do governo Jair Bolsonaro de tirar do comando da estatal o general Joaquim Silva e Luna. Ele será substituído pelo economista Adriano Pires.
A mudança, informada na segunda-feira (28), precisa ser confirmada pela assembleia-geral dos acionistas da estatal. A próxima reunião está marcada para 13 de abril. Até lá, Silva e Luna, que é general da reserva e ex-ministro da Defesa, segue à frente da Petrobras.

O presidente Jair Bolsonaro decidiu tirar Silva e Luna após semanas de críticas à política da estatal para os preços dos combustíveis, que leva em conta o valor do barril do petróleo no mercado internacional e a variação do dólar.
A guerra na Ucrânia aumentou preços e fez a companhia anunciar um mega-reajuste, o que irritou Bolsonaro.

Mourão, que esteve na terça-feira (29) com Silva e Luna em um evento em Brasília, afirmou a jornalistas que não acredita em mudanças drásticas. Ele argumentou que a Petrobras é uma empresa com ação em bolsa e regras de governança que devem ser respeitadas.
"Esse novo presidente da Petrobras aí que vai ser nomeado, o Adriano Pires, se você ler tudo o que ele escreve, vai continuar tudo como dantes no quartel de Abrantes. Não vai mudar né”, disse Mourão.

Na terça, no evento em que encontrou Mourão, Silva e Luna declarou que a estatal não pode fazer política pública com os preços dos combustíveis e "menos ainda" política partidária. Após, ao falar a jornalistas, disse que a reputação da empresa "pode estar sendo arranhada".
Adriano Pires
Sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires defendeu recentemente a criação de fundo de estabilização para evitar repasses de preço ao consumidor nos momentos de forte alta da cotação do petróleo.
"O fundo não vai resolver o problema de aumento do preço do combustível", afirmou em entrevista concedida em novembro ano passado. "Mas ele vai ajudar em duas coisas: diminuir a volatilidade, ou seja, não vai haver um repasse tão rápido para o consumidor. E pode reduzir um pouco o preço."

Pires é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e tem doutorado em economia industrial pela Universidade de Paris XIII. Ele tem mais de 40 anos de atuação no mercado de energia e já assessorou o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

Posts Relacionados

Corte de gastos: Câmara aprova texto-base que limita benefícios fiscais

Corte de gastos: Câmara aprova texto-base que limita benefícios fiscais

Esse projeto é o primeiro do pacote de corte de gastos enviado pelo governo ao Congresso na tentativa de conter as despesas

Relator da Reforma Tributária retoma ‘imposto do pecado’ sobre bebidas açucaradas

Relator da Reforma Tributária retoma ‘imposto do pecado’ sobre bebidas açucaradas

Bebidas açucaradas – como refrigerantes, refrescos e chás prontos – no rol de produtos sujeitos ao imposto seletivo

‘Sem votos’ para ajuste fiscal, Câmara foca em projetos que anistiam armas ilegais

‘Sem votos’ para ajuste fiscal, Câmara foca em projetos que anistiam armas ilegais

O presidente da Câmara, Arthur Lira, que o governo não tem votos suficientes para aprovar o pacote do ajuste fiscal

Após casos em SP, Lewandowski diz que Estado não pode ‘compactuar’ com violência policial

Após casos em SP, Lewandowski diz que Estado não pode ‘compactuar’ com violência policial

Ministro afirmou ter confiança nas polícias e que acredita que os episódios de violência 'injustificável' são 'isolados'

Escala 6×1: Alckmin diz que reduzir jornada é ‘tendência’ no mundo inteiro e defende debate

Escala 6×1: Alckmin diz que reduzir jornada é ‘tendência’ no mundo inteiro e defende debate

A deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) tem recolhido assinaturas para apresentar à Câmara dos Deputados

Lula envia ao Congresso projeto de lei que aumenta pena para crimes ambientais

Lula envia ao Congresso projeto de lei que aumenta pena para crimes ambientais

Proposta prevê que a pena para quem provocar incêndio florestal pode chegar a seis anos de reclusão

‘Temos que tirar de alguém’, diz Lula sobre proposta de imposto mínimo de milionários

‘Temos que tirar de alguém’, diz Lula sobre proposta de imposto mínimo de milionários

A isenção de IR é uma promessa de campanha de Lula, que de tempos em tempos reafirma que pretende cumprir

Brasil registra 455 casos de violência contra políticos e candidatos nas eleições de 2024

Brasil registra 455 casos de violência contra políticos e candidatos nas eleições de 2024

Somente contra candidatos ao pleito deste ano, foram 173 casos de violência e 15 homicídios

pt_BRPortuguese