O governo federal indicou nesta segunda-feira (23) o nome do atual secretário de desburocratização do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade, para assumir o comando da Petrobras .
Paes de Andrade foi indicado ao cargo após o Ministério de Minas e Energia divulgar nesta segunda-feira (23), por meio de nota oficial, a demissão do então presidente da estatal José Mauro Ferreira. O executivo permaneceu apenas 40 dias no cargo.
Currículo
Paes de Andrade é o atual secretário de desburocratização do Ministério da Economia. Ele tem formação em comunicação social pela Universidade Paulista, pós-graduação em administração e gestão pela Universidade de Harvard e é mestre em administração de empresas pela Universidade Duke, nos Estados Unidos.
Ainda, de acordo com currículo publicado na pasta, Andrade já foi diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), empresa pública de tecnologia de informação responsável, por exemplo, pela triagem dos cadastros do auxílio emergencial.
Paes de Andrade também liderou mais de 20 processos de M&A (fusões e aquisições) e é fundador e conselheiro do Instituto Fazer Acontecer, organização com foco na transformação social de crianças e adolescentes do semiárido baiano com base no esporte.
Andrade passou da iniciativa privada para a área pública em 2019.
Histórico
Esta não é a primeira vez que o secretário Caio Paes de Andrade é considerado para assumir o comando da estatal.
O nome de Paes de Andrade chegou a ser cogitado para o posto quando o general Joaquim Silva e Luna foi demitido. No entanto, na ocasião, o então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque preferiu o nome do economista Adriano Pires sob a alegação de que o secretário não tinha experiência na área.
Dias depois, Pires desistiu de assumir a presidência da estatal e o nome de Paes de Andrade voltou a ser cotado pelo governo.
Demissões
Os três demitidos da presidência da Petrobras foram vitimados pela progressiva elevação do preço dos combustíveis.
Pré-candidato à reeleição, Jair Bolsonaro cobrou de todos eles que os preços fossem contidos. O presidente chamou de "estupro" o lucro da estatal e pressionou a empresa a não reajustar preços.