Fontes afirmam que as mudanças feitas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para "turbinar" a Comissão de Segurança Cibernética, a oito meses da eleição, refletem o cerco que a Justiça Eleitoral quer fazer contra a disseminação de fake news nas redes sociais.
Nesta segunda (21), o número de integrantes da comissão aumentou de seis para 11. Além disso, o TSE ampliou as atribuições do grupo, que passará a "monitorar, elaborar estudos e implementar ações para combate à disseminação em massa de informações falsas em redes sociais".
As mudanças foram pedidas pelo vice-presidente do TSE, Alexandre de Moraes, que comanda o grupo, ao presidente do tribunal, Luiz Edson Fachin.
Segundo fontes no tribunal, Alexandre de Moraes quer deixar claro que a comissão vai intensificar o monitoramento nas redes e o rastreamento de publicações com:
- fake news;
- ataques a ministros e à Justiça Eleitoral.
Além disso, a comissão irá mirar autores e financiadores dessas postagens.
'Ação de grupos coordenados'
Nesta segunda, a Comissão Segurança Cibernética do TSE ampliou suas atribuições em razão do inquérito que apura a "ação de grupos coordenados" que visam "divulgar informações falsas de crimes, denunciações caluniosas e ameaças que atinjam a honorabilidade de membros do Supremo Tribunal Federal".
Esses grupos atuam em "ações coordenadas e conjuntas para ataques à imagem da Justiça Eleitoral e com a finalidade de prejudicar a imagem da Justiça e do processo eleitoral, inclusive com vazamento de informações e documentos sigilosos".