Voltar ao Início

Você está em:

Por que nova ofensiva no leste ucraniano pode ser decisiva

Moscou disse ter feito 1.260 ataques na terça-feira. No dia anterior, foram 315. Segunda fase da guerra é chamada 'Batalha de Donbass'
Amanda Omura

Amanda Omura

Depois de 55 dias sem conseguir conquistar territórios, a Rússia aposta todas as fichas nos ataques desta semana, que Moscou chamou de "segunda fase da guerra", baseada em ataque ostensivos e com foco no leste da Ucrânia. Só nesta terça-feira (19), tropas russas quadruplicaram o número de bombardeios em território ucraniano na comparação com o dia anterior, a grande maioria deles no leste do país.

De acordo com o Ministério da Defesa russo, suas tropas realizaram 1.260 ataques durante a madrugada. O número é quatro vezes maior que os 315 ataques feitos na véspera, uma quantidade já bastante superior aos dias anteriores.

O governo ucraniano também disse que identificou a nova fase da guerra da Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que as novas ofensivas na região do Donbass já começaram.

A ofensiva é vista como decisiva para o desfecho da guerra, porque pode culminar tanto na conquista para a Rússia de territórios do leste da Ucrânia como em um grande rombo no orçamento de Moscou. O governo russo deslocou quase todo seu Exército e armamento de guerra para a região, e pode ainda sofrer mais sanções em decorrência dos novos ataques.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse nesta terça-feira (19) prever um desdobramento significativo da nova fase. "Outra etapa desta operação (no leste da Ucrânia) está começando e estou certo de que este será um momento muito importante de toda esta operação especial", declarou.

Uma "parte muito grande de todo o Exército russo está agora focada nesta ofensiva", disse Zelensky em um discurso em vídeo. "Não importa quantas tropas russas eles enviem para lá, nós vamos lutar. Vamos nos defender."

O chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, garantiu aos ucranianos que suas forças podem conter a ofensiva. "Acreditem em nosso Exército, ele é muito forte", disse.

Posts Relacionados

‘Se Lula vier, será bem-vindo’, diz Milei

‘Se Lula vier, será bem-vindo’, diz Milei

Diana Mondino, que é uma das pessoas de maior confiança, declarou que gostaria que o Presidente Lula viesse para a cerimônia

O que se sabe dos reféns do Hamas em Israel

O que se sabe dos reféns do Hamas em Israel

Sua liberação está sendo planejada por etapas, em troca de uma trégua de quatro dias e da soltura de prisioneiros palestinos

Israelenses se armam e se agrupam em milícias

Israelenses se armam e se agrupam em milícias

No comando da segurança interna do país, Ben-Gvir coordena a distribuição de armas e a formação de esquadrões comunitários

ONU aprova resolução que pede pausa humanitária

ONU aprova resolução que pede pausa humanitária

Proposto de Malta sobre guerra entre Israel e Hamas foi votada nesta quarta-feira (15) pelo Conselho de Segurança. Israel rejeita texto

‘Quase um cemitério’: situação do hospital de Gaza

‘Quase um cemitério’: situação do hospital de Gaza

A OMS alertou em 13 de novembro que o Hospital Al-Shifa é "quase um cemitério", com corpos amontoados dentro e fora do local

Tim Scott desiste de tentar concorrer à presidência

Tim Scott desiste de tentar concorrer à presidência

A saída de Scott pode proporcionar um impulso modesto para outros candidatos que tentam desalojar Trump do primeiro lugar

Por que os houthis, do Iêmen, estão atacando Israel?

Por que os houthis, do Iêmen, estão atacando Israel?

Movimento rebelde patrocinado pelo Irã tenta abrir nova frente de guerra e já fez quatro tentativas para atingir o sul do país

Israel aceita fazer ‘pausas’ militares de 4 horas por dia

Israel aceita fazer ‘pausas’ militares de 4 horas por dia

As pausas, que serão anunciadas com três horas de antecedência, surgiram de discussões entre autoridades dos EUA e de Israel

pt_BRPortuguese