Câmara aprova urgência de projeto que flexibiliza controle de agrotóxicos

Câmara aprova urgência de projeto que flexibiliza controle de agrotóxicos

  • Redação
  • 9 de fevereiro de 2022
  • Nenhum Comentário
  • 1415
  • 3 minutos de leitura

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (9) a urgência de um projeto de lei que flexibiliza o controle e a aprovação de agrotóxicos no Brasil.
Na prática, o requerimento acelera a votação da proposta, que agora pode ser votada diretamente no plenário.
Apresentado em 2002, o projeto é alvo de críticas de ambientalistas – que o apelidaram de “PL do veneno” – e sua discussão se arrasta há quase 20 anos no Congresso. A bancada ruralista defende que as mudanças irão “modernizar” e dar “mais transparência” na aprovação das substâncias.
A última versão do parecer foi aprovada em 2018 em uma comissão especial sobre o tema.
Atualmente, o processo de registro dos agrotóxicos é feito por três órgãos: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Ministério da Agricultura.
Parlamentares da bancada ruralista afirmam que a manutenção da análise dos registros por três organismos faz com que pedidos permaneçam inalterados por até 8 anos.
Pela proposta de 2018, esse processo seria unificado sob o comando do Ministério da Agricultura – o que, na visão de críticos da proposta, enfraquece a análise dos registros do ponto de vista da saúde e do meio ambiente, restando apenas o órgão responsável pela agricultura.
Restará à Anvisa e ao Ibama as análises sobre os eventuais riscos dos produtos. Os pareceres serão entregues e a decisão final caberá ao ministério.
O projeto prevê uma brecha que permite um registro temporário, concedido exclusivamente pelo Ministério da Agricultura. O registro temporário permanecerá ativo até que o pedido seja analisado conclusivamente.
O texto também muda o nome dos “agrotóxicos”, passando a denominá-los “pesticidas”. Segundo o relator da matéria, deputado Luiz Nishimori (PL-PR), a mudança uniformiza a nomenclatura adotada pelo Brasil e pelos países-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Prazos
Outra mudança é no prazo para registro de um agrotóxico. Hoje, o parecer sobre o produto deve ser liberado em 120 dias, mas na prática críticos afirmam que demora até oito anos.
A versão de 2018 do parecer estabelece um prazo máximo de dois anos para novos registros. Além disso, o texto prevê a possibilidade de registro temporário de um agrotóxico.

Related post

MULHER BRILHANTE CHEGA AO RIO DE JANEIRO PARA UMA EXPERIÊNCIA DE TRANSFORMAÇÃO E EMPODERAMENTO

MULHER BRILHANTE CHEGA AO RIO DE JANEIRO PARA UMA…

Nos dias 28 e 29 de março, o Mulher Brilhante 2025 desembarca no Rio de Janeiro, promovendo um evento imersivo e…
Desemprego é o menor da história em 14 estados em 2024, diz IBGE

Desemprego é o menor da história em 14 estados…

Brasil encerrou o ano passado com a menor taxa média de desocupação desde 2012
STF suspende julgamento sobre Anvisa poder proibir cigarros com sabor

STF suspende julgamento sobre Anvisa poder proibir cigarros com…

Ação questiona decisão de 2012 da Anvisa que proibiu cigarros com aditivos de aroma e sabor no país

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *