John Textor, do Botafogo, é multado, mas escapa de suspensão pelo STJD
- Redação
- 6 de maio de 2024
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John Textor, sócio majoritário da SAF Botafogo, escapou de suspensão pelo STJD no julgamento de manipulação de resultados. Em sessão realizada na tarde desta segunda-feira no Rio de Janeiro, o norte-americano recebeu um prazo de cinco dias para apresentar as provas que afirma possuir. Ele foi multado em R$ 60 mil – o dinheiro será destinado ao Rio Grande do Sul, estado afetado por uma tragédia climática.
Textor foi punido no artigo 220-A do CBJD (deixar de colaborar com os órgãos da Justiça Desportiva) em R$ 60 mil. Ele terá cinco dias para apresentar documentos que alega possuir e cumprir as determinações do STJD, senão poderá ser julgado no artigo 223 (deixar de cumprir decisão da Justiça Desportiva). O prazo para a apresentação das provas depende da entrega do acórdão, então, ainda não tem data definida.
A denúncia aconteceu pelas declarações de John Textor após a partida contra o RB Bragantino, pela fase preliminar da Conmebol Libertadores, em fevereiro. Ele afirmou o seguinte:
- Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas… Talvez a CBF não devesse me processar. Eu não acusei o Ednaldo (Rodrigues, presidente da CBF). Nunca disse nada sobre ele. Ele não é um corrupto. Ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa. Porque é uma batalha contra fatores externos. É uma batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas.
A defesa do Botafogo, liderada pelo advogado Michel Assef Filho, chegou a pedir a suspensão do julgamento, argumentando que Textor não é obrigado a mostrar documentos e tem se mostrado presente para ajudar o caso, mas este foi indeferido.
Em abril, Textor afirmou que tem “provas de que o Palmeiras vem sendo beneficiado por dois anos” e divulgou um documento, baseado em relatos de inteligência artificial, que indicava, no entender dele, que cinco jogadores do São Paulo manipularam uma goleada sofrida por 5 a 0 para o Alviverde no Brasileirão de 2023.
Este foi o segundo julgamento sobre a questão de manipulação de resultados envolvendo Textor. A primeira sessão, realizada no dia 14 de abril, fora adiada por um pedido de Miguel Ângelo Cançado, auditor do caso, para analisar o caso.