Essas peças, geralmente feitas de algodão ou tecido sintético, são usadas normalmente em hospitais, clínicas, spas e outros ambientes do tipo, como medida de higiene e de prevenção de contaminações. Após o uso, o produto é jogado lixo.
De que são feitas as peças?
Na internet, modelos dos mais diversos tipos e marcas são encontrados, as calcinhas descartáveis mais caras são feitas de algodão e as mais baratas, de tecidos sintéticos (TNT, poliéster, polipropileno).
“Esses materiais [os tecidos sintéticos] são derivados do petróleo e do plástico, uma indústria super questionável. Por isso, esse tipo de material é de menor durabilidade e de qualidade inferior, o que faz com que essas peças durem por muito menos lavagens que peças de fibras naturais”, explica Giovanna Nader, comunicadora socioambiental e autora do livro “Com que Roupa? Guia Prático de Moda Sustentável”.
Tecidos de fibras sintética levam em média de 400 a 450 anos para se decompor na natureza, explica Nader. Já as peças mais caras, de algodão, são biodegradáveis, ou seja, podem ser decompostas por bactérias ou outros organismos vivos.
O uso diário traz algum benefício? Existe algum risco?
Para a médica Larissa Cassiano, casos de uso diário da peça sem indicação médica não são comuns. Ela afirma que nunca soube de algo do tipo. Além de ser um material caro, Cassiano explica que o uso de calcinhas de fibras sintéticas e de material plástico reduz a troca de oxigênio da região íntima.
“A região íntima é uma área naturalmente cheia de dobras que naturalmente já tem um atrito, suor, e pouca ventilação. O risco de infeção e assaduras é muito grande”, alerta a ginecologista.