Em algumas cidades do país, não há mais a obrigação de uso de máscaras nem mesmo em ambientes fechados, como academias. Em outras, acredita-se que isso também acontecerá em breve. Mas será que esse é o momento de pararmos de utilizar máscara na hora de malhar? Os especialistas apontam que a flexibilização de seu uso não deveria ser uma discussão para agora no Brasil. A infectologista Raquel Stucchi e o médico cardiologista e do esporte Mateus Freitas Teixeira, que apontam que academias são, geralmente, locais especialmente facilitadores de contágio.
- A academia em si é um local que respiramos normalmente com mais vigor, então a gente elimina mais vírus. Normalmente elas são fechadas com ar condicionado, portanto, sem ventilação natural. Então, a chance de você ter nuvens ali do SARS-CoV-2 é maior e, por isso, o risco de transmissão é muito aumentado - aponta a infectologista.
Orientações para se exercitar em ambientes fechados
De acordo com os especialistas, o ideal é que se mantenha os mesmos cuidados como se fosse ainda necessário o uso de máscaras. É importante lembrarmos que daqui a pouco se inicia o outono e, em seguida, o inverno, que são estações do ano em que aumenta a ocorrência dos quadros respiratórios de uma maneira geral, não só de Covid. E a máscara é um item muito importante durante esse período, pois impede a transmissão dos agentes causadores dos quadros respiratórios no geral. Raquel Stucchi destaca que esse é mais um motivo para mantermos o uso das máscaras em academias.
O que fazer nesse momento de flexibilização?
Esta é uma questão que gera grande incerteza, já que tivemos, há bem pouco tempo, um grande surto de casos da variante ômicron. Porém, as autoridades sanitárias e seus respectivos gabinetes científicos monitoram de perto o número de infecções, internações e mortes, que, inegavelmente, vem apresentando estabilização e queda. A partir dessas análises, algumas cidades flexibilizaram as medidas de controle. De acordo boletim de 11 de março do Observatório da Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a medida é precipitada.
Para exercícios realizados ao ar livre
De acordo com os especialistas, nesses espaços, com os índices comunitários de infecção sendo baixos, é muito difícil que a pessoa se contamine, não sendo necessário, assim, o uso de máscara. Claro, deve-se sempre ter atenção as recomendações sanitárias. Mas, no atual cenário, é possível fazer exercícios sem máscara ao ar livro sem maiores problemas. No entanto, caso a atividade ao ar livre gere aglomeração, na qual não seja possível manter o distanciamento de 1,5 metro, é recomendável o uso de máscara.