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Por que devemos investir no consumo de frutas, legumes e verduras

Alimentos contêm substâncias bioativas que ajudam no nosso metabolismo. Quanto mais colorido o prato, melhor
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Amanda Omura

Quantas porções de frutas, verduras e legumes você come por dia? Se a resposta for cinco, você está batendo a meta diária proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e por diversos estudos que apontam esse número "mágico".

O ideal é dividir em duas porções de frutas e três de verduras e legumes.

Mas por que priorizar esses alimentos? Dietas ricas em frutas e vegetais ajudam a reduzir o risco de inúmeras condições crônicas de saúde, como diabetes e doenças cardiovasculares. Além disso, a presença de vários antioxidantes também pode proteger contra alguns tipos de câncer.
"Esses alimentos têm vários nutrientes importantes, vitaminas e minerais essenciais para o funcionamento do corpo como um todo, para a nossa imunidade. Além dos nutrientes, temos fibras que são importantes para o funcionamento intestinal, por exemplo." — Lara Natacci, nutricionista pós-doutora em nutrição pela Universidade de São Paulo (USP) e diretora clínica da Dietnet

Gisele Haiek, nutricionista funcional especializada em emagrecimento feminino e saúde da mulher, ressalta que frutas, verduras e legumes contêm substâncias bioativas, que ajudam no nosso metabolismo, na proteção do coração, na função cerebral.

"Precisamos consumir essas substâncias para fazer uma limpeza no nosso organismo, promover uma renovação no nosso corpo", completa Gisele.

As nutricionistas lembram que cada cor representa uma substância. Por isso, é muito importante deixar o prato bem colorido!
Como calcular as porções
Fruta pequena (uva, mirtilo, morangos pequenos): uma mão cheia, perto de uma xícara;
Fruta média (banana, maçã, laranja): uma unidade;
Fruta grande (melão, melancia): uma fatia média;
Legumes: uma xícara;
Verduras: um prato de sobremesa.

Frutas + vegetais = mais saúde
A filosofia "5 por dia" pode proporcionar uma vida mais longa, segundo um estudo feito por uma equipe da Universidade de Harvard (EUA).

Os pesquisadores analisaram dados de mais de 100 mil pessoas, que foram acompanhados por 30 anos, e revisaram 26 estudos baseados em informações colhidas entre 1,9 milhão de pessoas de 29 nações.

“Essa quantidade provavelmente oferece o maior benefício em termos de prevenção das principais doenças crônicas e é uma ingestão relativamente alcançável para o público em geral”, disse o autor principal do estudo, dr. Dong Wang, epidemiologista e nutricionista da Escola de Medicina de Harvard e do Hospital da Mulher em Boston.

De acordo com o estudo, a ingestão de cinco porções diárias está associada a um risco 13% menor de morrer precocemente.

Além disso, o hábito diminuiu em 12% a possibilidade de morte por doenças cardiovasculares, 10% por câncer e 35% por problemas respiratórios (a comparação foi feita com pessoas que consumiram duas porções por dia).

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