A rosácea é uma condição comum, mas incompreendida — estima-se que afete milhões de pessoas em todo o mundo.
É incurável, e aqueles que têm rosácea muitas vezes precisam se submeter a um regime de tratamento prolongado, restrições em relação ao que comem, bebem e fazem — e, em alguns casos, julgamentos ou piadas de outras pessoas.
A condição da pele, caracterizada por uma vermelhidão da face causada por vasos sanguíneos dilatados com pequenas protuberâncias e manchas, semelhante à acne, é comum.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a rosácea afeta de 1,5% a 10% das populações estudadas — sobretudo adultos entre 30 e 50 anos de idade.
No Reino Unido, alguns relatórios sugerem que uma em cada 10 pessoas possuem a condição.
Sintomas
De acordo com o NHS, sistema de saúde público do Reino Unido, a rosácea é mais comum em mulheres e pessoas com pele mais clara, mas os sintomas podem ser piores nos homens.
Os primeiros sinais da condição incluem:
Vermelhidão (rubor) que vem e vai no nariz, bochechas, testa e queixo;
Sensação de queimação ou ardência ao usar água ou produtos para a pele.
À medida que a rosácea piora, segundo o NHS, as bochechas, nariz e testa dos pacientes ficam vermelhos o tempo todo. E pequenos vasos sanguíneos podem aparecer na pele.
Pequenas protuberâncias rosas ou vermelhas também podem surgir — às vezes, com um líquido amarelado dentro.
Gatilhos
Não se sabe o que causa a rosácea, mas alguns gatilhos podem piorar os sintomas. Entre os mais comuns, estão:
Álcool;
Alimentos picantes;
Queijo;
Cafeína;
Bebidas quentes;
Exercícios aeróbicos, como corrida.
Caso real
Lex Gillies, de York, na Inglaterra, era uma estudante de 21 anos quando foi diagnosticada com rosácea.
"Não queria fazer nada que fizesse as pessoas se virarem e olharem para mim porque não queria que as pessoas notassem minha pele", diz ela.
Lex, uma blogueira e embaixadora da British Skin Foundation, passou oito anos documentando seu relacionamento com a rosácea e diz que aprendeu a entender e aceitar sua pele como ela é, em vez de tratá-la "como minha inimiga".
Lex escreveu extensivamente sobre o impacto que a rosácea pode ter na saúde mental das pessoas, dizendo que "ainda não é algo que é levado a sério".