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Unir país e aprovar reforma impopular são desafios de Macron

Macron foi reeleito com 58,6% dos votos. Marine Le Pen, da direita radical, sua rival no segundo turno, obteve mais de 41%
Amanda Omura

Amanda Omura

Reeleito no domingo (24/4), o presidente francês, Emmanuel Macron, terá vários desafios em seu segundo mandato. Um dos principais será unir a França após estas eleições e obter apoio das classes mais populares, que preferiram majoritariamente votar em candidatos radicais de direita e de esquerda (nesse caso, no primeiro turno) ou se abster de votar. Disso depende a força da oposição que Macron poderá ter de enfrentar após as legislativas de junho e o avanço de medidas impopulares, como a reforma da aposentadoria.

Segundo resultados parciais do Ministério do Interior, Macron foi reeleito com 58,55% dos votos. Marine Le Pen, da direita radical, sua rival no segundo turno, obteve 41,45%, o melhor resultado já obtido pelo Reunião Nacional (também conhecido em português como Reagrupamento Nacional, ex-Frente Nacional) em uma votação.
A abstenção foi de 28%, uma das mais elevadas nas últimas décadas.

Apesar de ter vencido com uma vantagem considerável, ainda mais para um presidente em exercício, houve um avanço considerável da direita radical de Le Pen, que no segundo turno da eleição presidencial de 2017 havia obtido 33,9% dos votos.
A vitória de Macron com uma boa diferença sobre Le Pen foi possível graças sobretudo aos votos de parte do eleitorado de Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical - que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 22%. Como Le Pen, Mélenchon também atrai principalmente franceses com menor renda.

O objetivo desses eleitores da esquerda radical ao votar em Macron no segundo turno foi unicamente para barrar a ascensão de Le Pen ao poder. Mas uma parte minoritária do eleitorado de Mélenchon decidiu optar por Le Pen, no extremo oposto do espectro político, como uma forma de protesto contra Macron. O presidente tem sofrido inúmeras críticas por não ter se preocupado com a população de mais baixa renda.
Em seu discurso, o presidente reeleito reconheceu que a França está dividida e prometeu encontrar "respostas" aos franceses que expressaram "raiva e desacordos" ao votar em Le Pen ou que se abstiveram nas eleições.

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