Em uma aposta de alto risco, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse no domingo (9) que dissolveria o parlamento da França e convocaria eleições legislativas ainda neste mês, após ser derrotado nas eleições europeias pelo partido de extrema-direita de Marine Le Pen.
A medida ocorreu depois da derrota do partido de Macron para de Le Pen nas eleições do Parlamento Europeu.
A dissolução do Parlamento já ocorreu outras vezes, está prevista na Constituição francesa —e, portanto, não representa nenhum tipo de golpe.
Mas coloca Macron diante da possibilidade de presidir um país em que um partido de orientação ideológica distinta (no caso, a extrema direita) governe e escolha os ministros —num cenário também legal, embora inusual, conhecido na França como "coabitação".
Entenda o que motivou o presidente a fazer isso e o que significa a medida:
E se Macron perder as eleições parlamentares?
O partido governante de Macron, Renascimento, tem 169 deputados na Assembleia Nacional, o maior grupo na câmara de 577 assentos. O partido de oposição mais forte, o Reagrupamento Nacional de Le Pen, possui 88 assentos.
A medida chocante do presidente significa que não há pesquisas eleitorais recentes sobre como a nova Assembleia Nacional —a câmara baixa e o corpo legislativo mais poderoso da França— pode se configurar após novas eleições.
O forte desempenho do Reagrupamento Nacional nas eleições europeias apontou para o descontentamento dos eleitores sobre questões como imigração, violência e custo de vida. Para ganhar uma maioria absoluta na câmara baixa francesa, o partido precisaria aumentar seu número de deputados para 289.
As eleições parlamentares são realizadas em dois turnos, em 30 de junho e 7 de julho.
Se o Reagrupamento Nacional, ou outro partido, ganhar a maioria no parlamento, Macron seria obrigado a nomear um adversário para o cargo de primeiro-ministro. Esse primeiro-ministro seria então responsável por escolher os ministros do gabinete.
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