Depois da reação negativa até de aliados, o governo Bolsonaro pode rever pelo menos parte do corte de R$ 980 milhões feito pela equipe econômica no INSS.
A promessa de analisar o caso foi feita pelo governo ao relator-geral da Orçamento, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), que veio a Brasília conversar com assessores presidenciais depois do anúncio dos cortes.
“As conversas estão indo, há uma possibilidade de ser feita uma revisão nos cortes feitos no INSS”, disse Leal ao blogl.
Ele ressalva, porém, que se isso não ocorrer muito certamente o corte será derrubado quando o Congresso for analisar os vetos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro no Orçamento da União de 2022.
Os aliados alertam que se o corte for mantido os serviços do INSS ficarão ainda mais comprometidos, impedindo, por exemplo, reduzir a fila de benefícios previdenciários não atendidos, que atinge hoje mais de 1,8 milhão.
Segundo o relator, essa fila tende a aumentar com os cortes. O que, segundo assessores presidenciais, vai acabar desgastando a imagem do presidente Bolsonaro no ano eleitoral.
O corte no INSS foi o maior realizado pela equipe econômica, que totalizou R$ 3,184 bilhões, no Orçamento da União de 2022.