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COP 28 atrai US$ 777 milhões para combater doenças tropicais que devem piorar no verão

A Fundação Bill e Melinda Gates ofereceu US$ 100 milhões, assim como os Emirados Árabes
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Amanda Omura

Neste domingo (3), os Emirados Árabes Unidos e diversas instituições de caridade presentes na Cúpula do Clima da ONU ofereceram US$ 777 milhões (R$ 3,8 bilhões) em financiamento para a erradicação de doenças tropicais negligenciadas que devem piorar à medida que as temperaturas sobem.

Os fatores relacionados com o clima "tornaram-se uma das maiores ameaças à saúde humana no século 21", disse o presidente da COP 28, sultão Ahmed Al-Jaber, num comunicado.

A Fundação Bill e Melinda Gates ofereceu US$ 100 milhões, assim como os Emirados Árabes.

Bélgica, a Alemanha e a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional também anunciaram fundos para questões de saúde relacionadas com o clima.
O Banco Mundial lançou um programa para explorar possíveis medidas de apoio à saúde pública nos países em desenvolvimento, onde os riscos para a saúde relacionados ao clima são elevados.

O fardo das doenças tropicais irá piorar à medida que o mundo aquece, junto com outras ameaças à saúde causadas pelo clima, como a desnutrição, a malária, a diarreia e o estresse térmico.

Muitas doenças tropicais já são fáceis de tratar. A cegueira dos rios e a doença do sono, por exemplo, são endêmicas no continente africano e espalhadas por meio de vermes e moscas parasitas que vão ter maior facilidade para se proliferar em um mundo em aquecimento.

Mais de 120 países assinaram uma declaração da COP 28 reconhecendo a sua responsabilidade em manter as pessoas seguras no contexto do aquecimento global.

A declaração não fez qualquer menção aos combustíveis fósseis, a principal fonte de emissões que provocam o aquecimento climático, o que a Aliança Global para o Clima e a Saúde chamou de “omissão flagrante”.

Ativistas, incluindo médicos, realizaram uma pequena manifestação neste domingo no complexo da COP 28 para aumentar a conscientização sobre o assunto.
“Estamos com muitos problemas”, disse Joseph Vipond, médico de emergência de Alberta, Canadá. Ele citou o caso de uma criança que morreu de um ataque de asma agravado pela inalação de fumaça dos incêndios florestais recordes no oeste do Canadá neste ano. "Isso está tendo impactos no mundo real."

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