Você está em:

Divulgação de fake news lidera representações à Justiça Eleitoral

TSE recebeu 328 pedidos de ações sobre temas como propaganda antecipada, direito de resposta e gasto ilícito de recursos
Picture of Amanda Omura

Amanda Omura

A divulgação de notícias falsas lidera as representações recebidas pelo Tribunal Superior Eleitoral no ano de 2022. Ao todo, foram 372 ações registradas na Justiça eleitoral, com 85 delas (26%) ligadas a fake news entre 15 de janeiro e 10 de outubro.

O documento enviado pelo TSE não detalha o autor da fake news, a que político é ligado e o autor do processo. É possível identificar o número da ação, a data na qual ela foi feita, quem é o ministro relator e um resumo da ação.

Além de notícias falsas, o tribunal recebeu 79 queixas ligadas a propaganda antecipada, segundo tema com mais demandas.

Em seguida aparecem conteúdo das propagandas políticas (exceto fake news), como uso de montagem, computação gráfica e efeito especial. São 72 casos (22%).

Dentro das propagandas políticas aparece uso de outdoors para campanha (25 casos), o que é vedado pela lei – seja feita de forma oficial pela campanha, seja por apoiadores de determinados candidatos.

Há ainda demandas envolvendo debate entre os candidatos (dez casos, sem detalhamento das motivações de cada ação) e 51 pedidos de direitos de resposta (15% das representações feitas).

Captação ou gasto ilícito de recursos gerou apenas duas ações, mesmo número de queixas que tratam de conduta vedada para determinados cargos políticos durante a eleição.

Demandas sobre pesquisas eleitorais representam apenas 2,4% das 328 ações, com oito pedidos – cinco deles para averiguar possíveis pesquisas fraudulentas.

Crime
O candidato e o partido político têm a obrigação de confirmar que as informações usadas durante a campanha são verdadeiras, mesmo aquelas produzidas por terceiros. Se usarem dados falsos, podem responder por crime eleitoral, com pena de prisão ou multa.

A desinformação também pode ser entendida como abuso de poder midiático, que inclui a perda de mandato, como explica Victor Andrade, analista jurídico do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Posts Relacionados

Maior fator de risco para declínio cognitivo no Brasil não é a idade, e sim a falta de acesso à educação

Maior fator de risco para declínio cognitivo no Brasil não é a idade, e sim a falta de acesso à educação

A baixa escolarização ‘pesa mais’ do que fatores demográficos, como faixa etária ou sexo do paciente

‘Não adianta escola proibir celular e os pais continuarem deixando usar 5 horas seguidas em casa’

‘Não adianta escola proibir celular e os pais continuarem deixando usar 5 horas seguidas em casa’

Professora Débora Garofalo, defende que veto aos telefones é medida drástica e necessária para combater vício

Dados melhoram, mas Brasil ainda tem 28,8 milhões de crianças e adolescentes na pobreza

Dados melhoram, mas Brasil ainda tem 28,8 milhões de crianças e adolescentes na pobreza

Além da renda, levantamento considera itens como acesso a informação, água, saneamento e moradia

Falta de luz: brasileiros registram mais de 5 milhões de queixas contra distribuidoras de energia

Falta de luz: brasileiros registram mais de 5 milhões de queixas contra distribuidoras de energia

O tempo de resposta das distribuidoras para o atendimento a emergências piorou na última década em todo país

MP-AC recomenda busca ativa para retomada de tratamento de Aids

MP-AC recomenda busca ativa para retomada de tratamento de Aids

Em documento, órgão alerta para que a Sesacre e o núcleo de ISTs cumpram estratégia prevista pelo Ministério da Saúde

influencers que lucram com informação falsa sobre saúde feminina

influencers que lucram com informação falsa sobre saúde feminina

Influenciadores de todas as partes do mundo estão se passando por médicos especialistas

SP aprova, em 2ª votação, projeto para privatizar ciclovias, centros esportivos e outros equipamentos

SP aprova, em 2ª votação, projeto para privatizar ciclovias, centros esportivos e outros equipamentos

Projeto de lei é de autoria do Executivo e foi aprovado por 35 votos a favor contra 15 nesta terça (17)

Receita intensifica fiscalização e suspende CNPJs de lojas que vendem cigarro eletrônico

Receita intensifica fiscalização e suspende CNPJs de lojas que vendem cigarro eletrônico

Nova medida começou a ser aplicada em outubro e já resultou na suspensão de 22 CNPJs em operações realizadas em São Paulo

pt_BRPortuguese