A morte de um casal bilionário numa mansão localizada em um condomínio de luxo em Guarujá, no litoral de São Paulo, no fim de semana, acendeu mais uma vez o alerta sobre o risco do vazamento do gás monóxido de carbono.
Como esse gás não tem cheiro nem cor, as vítimas não percebem caso haja um vazamento.
O empresário José Bezerra de Menezes Neto, o Binho Bezerra, que chegou a ser listado na Forbes, e a mulher dele, Luciana Bezerra, morreram dentro de uma suíte ao lado de uma "sala de máquinas". Imagem obtida pelo g1 mostra o local onde começou o vazamento de gás que, segundo a Polícia Civil, intoxicou o casal.
Como o monóxido de carbono age?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), as moléculas de monóxido de carbono se ligam à hemoglobina (responsável pelo transporte de oxigênio dos nossos pulmões para todo o organismo) presente no sangue.
Isso dificulta a circulação e distribuição do oxigênio – essencial para vida humana – no corpo, o que pode levar à morte por asfixia.
Por que respirar o gás traz riscos?
O monóxido de carbono, também conhecido como CO, é um gás invisível e sem cheiro que, se inalado, pode causar problemas de saúde ou até mesmo causar a morte de forma repentina.
O CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) explica que, quando inalamos o monóxido de carbono, o gás "toma o lugar" do oxigênio no nosso sangue.
Isso acontece porque a hemoglobina se liga ao monóxido de carbono cerca de 200 a 300 vezes mais do que ao oxigênio, formando a carboxiemoglobina e impedindo a ligação do oxigênio à hemoglobina.
Consequentemente, isso faz com que nossos órgãos fiquem privados de oxigênio, fundamental para a vida. Não tendo oxigênio, as células do nosso corpo não produzem energia e morrem.
Onde o gás é encontrado?
O monóxido de carbono está presente nas emissões de combustão, como as produzidas por carros, caminhões, motores a gasolina, fogões, lanternas, madeira e carvão queimados, fogões a gás e sistemas de aquecimento.