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Fechamento de MEIs cresce no pós-pandemia com retomada da CLT

Segundo dados do Sebrae, em 2021, comércio de roupas e acessórios foi a categoria que mais teve fechamento de MEIs
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Amanda Omura

Seja pelo aquecimento do mercado de trabalho, pela segurança dos benefícios trabalhistas ou pelo negócio não ter dado certo, muitos empreendedores vêm encerrando o registro de Microempreendedor Individual.

Segundo dados do Sebrae, em 2021 os comércios de roupas e acessórios formaram a categoria que mais fechou registros de MEI – cerca de 71,6 mil, uma alta de 32% em relação ao ano anterior, quando foram 48.457.

Lucas Vaz, de 23 anos, foi um dos empreendedores que encerrou o negócio próprio e voltou para o emprego com carteira assinada, no chamado regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Na pandemia, ele perdeu o emprego como administrador de vendas e abriu com a mãe a loja Hot Dog da Galega em Brasília.

Mas, segundo Lucas, com a alta dos preços dos alimentos: (pão, carne e tomate), seus principais produtos, já não compensava financeiramente continuar com o negócio – que foi fechado em dezembro de 2021.
"Com o faturamento em média de R$ 4 mil a R$ 5 mil por mês, já não era o bastante para pagar fornecedores, ter dinheiro para o capital de giro e ainda ter lucro", diz Lucas.

Empreendedorismo por necessidade
Rubens Massa, professor de empreendedorismo e novos negócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV), explica que a situação de Lucas é o chamado empreendedorismo por necessidade, que veio acompanhando a alta do desemprego. E, com a retomada do pós-pandemia, foi natural a criação de vagas CLT, diminuindo, assim, a demanda dos trabalhos autônomos.

Uma pesquisa do Sebrae Nacional mostra que aumentou o número de brasileiros que estão empreendendo por necessidade nos últimos três anos - uma saída para ter renda e resolver os problemas financeiros.

Sócia da empresa e mãe de Lucas, Waléria diz que abriu o registro de MEI como forma de completar a renda da família já que, com a crise, teve sua jornada de trabalho e o salário reduzidos em 50%.
"Para não demitir as pessoas, eles diminuíram o salário e o tempo de trabalho para seis horas. Foi então que resolvi trabalhar na loja", conta.

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