Um total de 51,04% dos casos de infecção pelo HIV, de 2017 a 2021, ocorreram em jovens de 15 a 29 anos no Distrito Federal. Os dados, da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), mostram ainda que 35,1% dos casos de adoecimento por Aids estão na mesma faixa etária.
Segundo especialistas, o aumento de infecções pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) na população jovem, ocorre fatores como:
Alta frequência em relação à prática sexual
Elevado número de parceiros sexuais
Dificuldade de acesso à informação adequada
Vulnerabilidade social com falta de acesso a testagem, preservativos e insumos básicos
A médica infectologista Juliana Lapa, da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), lembra que essa nova geração não viu o impacto da AIDS dos anos 90.
“Eles não viram pessoas morrendo como antes. Essa geração já conheceu o HIV como uma doença crônica, tratável e não tem o mesmo receio das gerações anteriores”, diz a médica.
Segundo a última Pesquisa de Comportamentos, Atitudes e Práticas (PCAP), publicada pelo Ministério da Saúde (2016), 35,4% dos jovens entre 15 e 24 anos tiveram mais de dez parcerias sexuais na vida e 8,8% relatam terem tido parcerias do mesmo sexo.
“O dado expressa o risco de exposição à infecção pelo HIV e de adoecimento por Aids, que se agrega aos diversos fatores de vulnerabilidade: preconceito e discriminação das pessoas LGBTQIA+, barreiras de acesso à informação e meios de prevenção, diagnóstico e tratamento, desigualdade social e de gênero no país", diz a secretaria.
Como se prevenir?
Uso de preservativos masculino, feminino e gel lubrificante;
Profilaxia pré-exposição (PrEP);
Profilaxia pós-exposição (PEP);
Testagem regular para o HIV e outras ISTs;
Tratar todas as pessoas vivendo com HIV/Aids;
Prevenir a transmissão vertical (da mãe para o filho durante a gestação ou parto).
Cuidados para evitar outras ISTs através de vacinação e tratamento de outras ISTs